Em sua palestra, intitulada “Produtos domissanitários: a magia da escolha da formulação no sucesso do controle”, Mônica conseguiu envolver os participantes numa explanação sobre os diversos tipos de formulações e suas características, a escolha da formulação mais adequada de acordo com os objetivos a serem atingidos, explicando ainda particularidades a respeito das superfícies de aplicação e das tecnologias disponíveis para os serviços de controle de pragas urbanas.

Segundo a palestrante, as alternativas diante de tantos tipos de formulações disponíveis no mercado variam a depender do cenário que se tem para a aplicação dos produtos químicos. Por isso, tudo começa na vistoria, a partir do diagnóstico para conhecer a praga, o tamanho da infestação e o ambiente que deverá ser tratado. Sendo assim, o que se faz no controle de vetores e pragas urbanas não é magia, mas, pelo contrário, depende de muito conhecimento, foco, interesse, comprometimento e trabalho em equipe.

“Iniciei a palestra dando definições de magia para mostrar que, para produzir efeitos extraordinários por meio de técnicas, é preciso capacitação para produzir um resultado satisfatório e memorável. Para isso, não existe magia, a não ser a nossa capacidade técnica e conhecimento para fazer escolhas corretas e assim fazer o controle assertivo”, ressaltou.

Mônica afirmou ainda que a molécula e o grupo químico são muito importantes na escolha do produto a ser utilizado, destacando que moléculas pertencentes a um mesmo grupo químico podem apresentar características distintas e que as formulações são desenvolvidas levando-se em conta o comportamento de cada praga.

Numa situação em que há mais de uma praga no ambiente, o operador intencionando combater as diferentes pragas mais rapidamente pode, por vezes, fazer combinação entre produtos, mas para isso é fundamental o conhecimento técnico.

“A aplicação e as misturas complementares desses produtos são essenciais quando há necessidade de fazer o controle em diversas fases de vida desses insetos. Já temos produtos prontos, misturados, testados e com mais de uma molécula que evitam diluições erradas”, explicou Nóbrega.

Mônica lembrou que há muitos riscos quando a mistura de produtos saneantes ocorre sem o devido conhecimento técnico, principalmente pela sociedade em geral, que pode ser instruída erroneamente na internet.

“Me recordo de diversos casos em que até profissionais da área misturavam produtos sem um escopo técnico, e nós apelidamos essas misturas de tarjas pretas. Isso porque além de não dar eficácia no controle, os acidentes eram constantes. E ainda causavam impactos ambientais negativos, e não é esse o nosso papel. Eu, como química industrial, quando faço treinamentos, falo com muita firmeza que todos os profissionais técnicos aplicadores precisam ter consciência dos riscos, porque não são leves, mas perigosos. Podemos ter muitas intoxicações perigosas resultantes desse tipo de comportamento, e devemos combater isso”, manifestou.

Mônica ainda ressaltou que é importante seguir as instruções apresentadas no rótulo uma vez que ele traz todas as informações das quais o aplicador precisa, inclusive a indicação de dosagem. De acordo com a palestrante, não seguir as instruções do rótulo e o uso de uma dosagem diferente da recomendada em cada produto é um problema recorrente.

“Os maiores acidentes que acontecem são justamente por conta de negligências causadas por dosagens erradas. Trazendo isso para a realidade do controle de pragas, elas acabam gerando ineficiência no trabalho aplicado”, destacou.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/expoprag-conhecimento-e-capacitacao-tecnica-sao-garantias-do-sucesso-no-controle-de-vetores-e-pragas-urbanas/