Institucional
Notícias

Programa SASSMAQ e interfaces com ESG foi tema do 10º webinar da Abiquim

A Abiquim realizou o webinar “Sistema de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade – A gestão e melhoria contínua no transporte de produtos químicos e as interfaces com o ESG e a sustentabilidade”,

No dia 15 de setembro, a Abiquim realizou o webinar “Sistema de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade (SASSMAQ) – A gestão e melhoria contínua no transporte de produtos químicos e as interfaces com o ESG e a sustentabilidade”, evento online, gratuito e o décimo de uma jornada especial em comemoração aos 30 anos do Programa AR® no Brasil.

Sob a moderação de Camila Matos, gerente de Comunicação da Abiquim, o encontro contou com a participação de André Passos Cordeiro, presidente-executivo em exercício da Associação; Fernando Franco de Oliveira, consultor de Segurança, Transporte e Armazenagem para a América do Sul da BASF; Sérgio Sukadolnick, diretor de Relações Institucionais da Ceslog; e Wyuk Chagas Ramos, diretor da Wyuk Ramos Consultoria.

André Passos Cordeiro fez a abertura do webinar relembrando que o objetivo dessa série de lives é disseminar e ampliar o conhecimento desenvolvido no âmbito do programa AR ®, base do trabalho da Abiquim junto às suas associadas para que a indústria química brasileira e todos os seus parceiros sejam responsáveis e competitivos.

O presidente executivo em exercício da Abiquim ressaltou ainda os avanços do setor químico nos últimos 30 anos, compartilhando alguns dos indicadores positivos do AR® com destaque à ferramenta Sassmaq e sua relação com a melhoria contínua do transporte de produtos químicos, aliada às diretrizes de ESG e sustentabilidade. “Entre 2006 e 2020 houve uma redução de 59% nos acidentes de transporte de produtos químicos em rodovias. Esse é apenas um dos indicadores e ele demonstra a confiabilidade e a importância desse programa, sobretudo porque a indústria química movimenta por ano quase 200 milhões de toneladas de produtos químicos, considerando ainda que a matriz de transporte no Brasil é basicamente fundada no modal rodoviário, quase 70%. Ou seja, garantir esses índices de segurança e de confiabilidade no transporte de produtos químicos é um resultado a se louvar e comemorar”, finalizou Passos.

O primeiro convidado, Fernando Franco de Oliveira, relembrou que o Sassmaq surgiu da necessidade de uma padronização nas qualificações, já que as auditorias eram realizadas pelas próprias empresas químicas. “O sistema levava a uma abordagem fragmentada e a uma multiplicidade de programas de auditoria, custosos e ineficientes, tanto para a indústria química quanto para os operadores logísticos”, explicou o consultor da Basf, complementando que hoje são 890 CNPJs ativos com o Sassmaq Rodoviário e 14 CNPJs ativos com Estações de Limpeza Sassmaq.

No questionário de avaliação para a certificação da ferramenta, continuou Oliveira, constam 6 áreas para análise: gerenciamento; saúde, segurança e meio ambiente; equipamentos, planejamento de operações; segurança patrimonial e confidencialidade e inspeção local. Na sua apresentação ele destacou também o passo-a-passo da certificação e indicadores de logística, além de apontar algumas alterações que constarão na 4ª edição do Sassmaq, que passará a vigorar a partir de 2023, sobretudo com inclusões das dimensões de Sustentabilidade e Security.

A palestra de Sérgio Sukadolnick girou em torno do SASSMAQ como indutor de boas práticas de SSMA e sustentabilidade nas operações logísticas e atendimento legal. Ele compartilhou o desafio que envolveu a revisão do Sassmaq, feita de forma online por conta da pandemia. “Foram mais de 2 anos trabalhando virtualmente. Agora temos novos requisitos e novas formas de movimentação em função dessa transformação global e o conflito entre Rússia e Ucrânia que, por sua vez, acabou mobilizando a área logística especialmente na área de armazenagem e modais”, contou o diretor da Ceslog.

As dificuldades, continuou Sukadolnick, existem porque o Brasil ainda é muito focado no modal rodoviário. Ferrovia e cabotagem são mais utilizados para produtos que tenham alta frequência e alto volume.”Quando se trata de químicos, estamos falando de mais de 3.500 produtos que demandam diferentes tipos de equipamentos e de movimentações, o que exige um trabalho intenso com relação à área de segurança desses processos dentro da logística.”

Nesse processo de revisão, ele citou algumas diretrizes que foram abordadas como: políticas nas empresas em saúde, segurança, meio ambiente, qualidade, sustentabilidade e security, que devem ser aderentes ao AR, ODS e ESG; transporte rodoviário e multimodal, englobando toda cadeia logística; estação de limpeza Sassmaq, focada em gerenciamento de resíduos e destinação final; armazenagem, visando terminais seguros; e a importância da Comissão Consultiva do Sassmaq.

Wyuk Chagas Ramos fechou o ciclo de apresentações mostrando a correlação do Sassmaq com as demais certificações. Dentro desse trabalho de análise, o consultor da Wyuk Ramos Consultoria, afirmou que o programa está muito à frente de qualquer certificação existente porque geralmente as normas cuidam de temas específicos enquanto o Sassmaq abrange todos os assuntos envolvidos, trazendo sobretudo itens mandatórios indicados pela própria indústria química.

Dentro desse contexto, Ramos disse que é importante entender que uma auditoria verifica conformidade referente a uma norma. Já a avaliação vai além da verificação; ela checa a extensão e a evolução daquilo que foi proposto. “Nesse sentido, o Sassmaq já apresenta um upgrade pois ele vai verificar a melhoria contínua, o desempenho”, ressaltou.

Entre os exemplos comparativos que trouxe, Ramos citou a ISO 9001 de 2015. “No item desta ISO que trata como se deve descrever um procedimento, é possível encontrar essa informação documentada no penúltimo requisito do capítulo 1 do Sassmaq com a ressalva de que ele vai além. Ou seja, o Sassmaq faz também uma referência ao item 10.2 da ISO 9001, que é a ação corretiva. Enquanto a ISO 9001 orienta fazer a ação corretiva em cima das não conformidades encontradas, o Sassmaq já traz quais são os tipos de não conformidades que ele quer tratar, além de outras, como acidente, incidente etc. Ainda na ISO 9001, quando ela trata de competência, o Sassmaq já traz toda a parte de treinamento específico”, explicou em detalhes, o consultor, ressaltando que a nova edição do Sassmaq está ainda mais abrangente.

Ao final do encontro, Camila Matos, moderou um painel de perguntas e respostas entre o público e os painelistas.

Fonte: https://abiquim.org.br/comunicacao/noticia/10396

Fonte:

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

 Rua São Paulo, 409 - 16º Andar - Centro, Belo Horizonte - MG - 30170-902

 (31) 3279-9800 / (31) 3279-9801