Institucional
Notícias

Startups em Química é possível?

Startups na área de Química e Materiais é possível?

Startups na área de Química e Materiais é possível? Para falar sobre o assunto o Integra Talks, canal de comunicação da governança de Químico e Materiais e que agrega entidades paranaenses de ensino e o Sebrae na região de Londrina, promoveram nesta quarta-feira (21), um evento on-line com profissionais que estão à frente de empresas startups com projetos na área da Química. 

“A Engenharia de Materiais por si só já está na vanguarda, sempre pensando na inovação”, afirmou o engenheiro João Vitor Burato de Oliveira, da Startup Zirkoon Soluções Avançadas em Materiais.

O case do engenheiro de Materiais foi sobre a produção de blocos poliméricos. “Estamos em processo de validação de produtos com retenção de metais pesados. A nossa meta é ser referência em soluções em materiais avançados e inovar dentro da região de Londrina, no Paraná”, ressaltou João Vitor.

“Uma startup é uma quebra de paradigmas nasce para solucionar um problema e mudança de mercado como aplicativos de meio de transporte, aluguel por temporada e varejo com centenas de fornecedores com multiprodutos”, classificou Gabrielly Balsarin, head de Aceleração da VENTIUR Aceleradora, com sede em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

A empresa na qual Gabrielly atua possui redes de negócios, investidores, instituições de ensino e pesquisa, além de uma rede de empresas investidas e aceleradas.

De acordo com a jovem empreendedora, para a entrega da proposta de valor, a startup precisa se apaixonar pelo problema dos clientes, investir na contratação de talentos, criar uma cultura de inovação e ter como lema que “errar é positivo para inovar.”

“É uma organização que visa validar hipóteses e buscar por um modelo de negócios escalável e repetível, e que atua num ambiente de extrema incerteza”, alertou. 

O Brasil é destaque entre os países da América Latina com mais de 13 mil startups. 

O ciclo de vida das startups, com o conhecido vale da morte, nasce com a ideia, a construção do mínimo do produto viável – MVP (vale da morte), e por fim, busca o sucesso e os investimentos para assim ganharem escala e projeção. 

Segundo Gabrielly Balsarin, existem várias formas de investimentos. “É importante entender qual é a sua fase e o perfil do investidor. Na fase inicial o investidor anjo investe cerca de 50 mil reais na startup”, apontou.

O número de aportes e volume de investimento no Brasil foi de nove milhões de dólares, em 799 negócios, no ano de 2021. As fases investidoras A, B e C representam os maiores montantes de recursos. 

Ao concluir a apresentação, Gabrielly afirmou que a startup não é somente uma empresa de software. “Atender as necessidades de um cliente é a principal característica de uma startup.”

Ela ainda compartilhou dois cases de sucesso de empresas em Química de Materiais. Uma das empresas realiza o desenvolvimento de uma argamassa à base de resíduos de sedimentos dos rios amazônicos.

A outra, em Ponta Grossa, no Paraná, trabalha com resíduos agrícolas como cascas, palhas e bagaços para a criação de novos produtos inovadores como uma placa acústica e térmica, resistente ao fogo e com boa durabilidade. A empresa também desenvolve um substituto para o couro e uma linha de produtos alimentícios. 

Anne Elize Puppi Stanislawczuk, diretora de operações da Startup NEXT Chemical deu um depoimento sobre os produtos desenvolvidos pela sua empresa. A principal investidora da NEXT Chemical é uma empresa de energia. 

“O maior desafio foi a aceitação de novas tecnologias. No ano de 2018, os investimentos em nanotecnologia foram descontinuados. No segundo ano, o desafio foi maior com a ampliação de equipe, o desenvolvimento do modelo de negócios e como colocar no mercado produtos de nanotecnologias e novos materiais.

Um dos projetos foi o desenvolvimento de dormentes de trens com nanopartículas de sílica. Um segundo projeto nasceu a partir de polímeros para tintas com partículas de óxido de zinco. 

“A pandemia interrompeu os projetos, mas com a retomada, desde o início deste ano, foi possível colher os primeiros resultados com produtos nanoestruturados para concreto, células solares, fertilizantes e farmacêuticos”, acrescentou.

Ao encerrar, Anne declarou que é possível investir em startups na Química. A trajetória da Next está publicada em revistas especializadas como a Grafeno e Mulheres na Tecnologia.

Assista a live completa do Integra Talks em https://www.youtube.com/watch?v=aP1CRGIxQS4

Profissional da Química Empreendedor

O Conselho Federal de Química (CFQ) vai realizar em novembro a 2ª Jornada do Profissional da Química Empreendedor (PQE). Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o CFQ oferta  aos profissionais e estudantes de Química cursos específicos sobre empreendedorismo. A ação reforça o objetivo principal do CFQ, que é o de zelar pelo exercício da Química, fortalecendo, orientando e auxiliando empresas e profissionais.

Na primeira etapa, ocorrida em maio deste ano, 600 pessoas de todo o País se inscreveram nos cursos, divididos em diversas trilhas do conhecimento.

Para esta nova etapa, que começa em 1º de novembro, serão oferecidos ao todo seis cursos online, em três áreas: Planejamento, Inovação e Empreendedorismo. Saiba mais em https://pqe.cfq.org.br/ .

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/startups-em-quimica-e-possivel/

Fonte:

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

 Rua São Paulo, 409 - 16º Andar - Centro, Belo Horizonte - MG - 30170-902

 (31) 3279-9800 / (31) 3279-9801