Representantes da ABIQUIM e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) se reuniram na última sexta-feira (03), em Brasília, com o objetivo de discutir ações para a Bioeconomia Sustentável e Circular no Brasil.

Já no início da reunião, o coordenador-geral de Ciência para Bioeconomia do Ministério, Bruno César Prosdocimi Nunes, destacou a importância da indústria química no processo de desenvolvimento da bioeconomia para mercados estratégicos do País, e ressaltou o desejo da pasta em trabalhar conjuntamente com a entidade nesse caminho.

Nunes apresentou o plano de ação em ciência, tecnologia e inovação em bioeconomia, dividido em temas estratégicos com foco na aptidão natural do Brasil para a bioeconomia, levando ainda em consideração os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Apesar do trabalho desenvolvido, o coordenador-geral para Bioeconomia do MCTI reconhece que há ainda carência de informações organizadas sobre a bioeconomia no Brasil. Daí, segundo ele, a importância de evoluir uma agenda conjunta para mobilização e engajamento dos diversos atores relevantes na construção desse trabalho; entre eles a própria indústria química.

Nunes citou como pilares para o desenvolvimento da bioeconomia brasileira o uso sustentável de recursos biológicos renováveis e da biodiversidade nacional em substituição às matérias-primas fósseis; ações integradas para o desenvolvimento de bionegócios e bioprodutos, além da segurança hídrica, energética e alimentar; excelência científica e de negócios; e, por fim, o desenvolvimento sustentável e economia circular. O coordenador ainda expôs alguns dos desafios da agenda e apontou caminhos para impulsionar o crescimento da bioeconomia no País, a partir da criação de um plano de longo prazo.

Após ouvir a apresentação do coordenador do MCTI, o presidente-executivo da ABIQUIM, André Passos Cordeiro, ressaltou a profunda sinergia entre o trabalho desenvolvido pela pasta e a agenda da indústria química brasileira, documento que propõe 4 grandes missões para a prosperidade da economia nacional. São elas: gás natural, bioprodutos, energias renováveis e saneamento.

O executivo da ABIQUIM lembrou ainda do papel fundamental da química no desenvolvimento dos mercados de energias renováveis e bioprodutos, do gás natural como energia de transição, e do saneamento e seu grande potencial no avanço da qualidade de vida e saúde da população brasileira. “A indústria química tem a convicção de que, aproveitadas as vantagens comparativas do Brasil, poderá oferecer ao País nos próximos anos resultados promissores como aumento de sua produção industrial, investimentos, renda e arrecadação, maior participação no comércio internacional, além da avanços na sustentabilidade e circularidade de seus produtos”, enfatizou André Passos Cordeiro.

Durante a reunião, a diretora de Economia e Estatística da ABIQUIM, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, detalhou as principais perspectivas de mercado a partir das 4 missões da agenda da química, incluindo potencial das matérias-primas renováveis, com oportunidades em etanol, biomassa e óleos vegetais, além da transição energética a partir de hidrogênio verde, biometano e green energy – eólica, hidráulica e solar. Fátima Giovanna finalizou apresentando iniciativas das empresas associadas da ABIQUIM com foco na agenda do setor.

A importância de se ter uma regulação adequada para esse cenário que se aproxima foi lembrada pela ABIQUIM, que foi também representada na ocasião pelo gerente da Área Legal, Ética e Compliance, Yhebert Gouveia Afonso, pela gerente de Regulatórios, Sustentabilidade e Inovação, Camila Hubner, pelo gerente e Relações Institucionais, Marcelo Pimentel, pelo assessor de Inovação, Guilherme de Oliveira Marques, e pela assessora de Relações Institucionais, Lidiane Soares.

Participaram ainda da reunião, pela equipe do Ministério, Eliana Ramos, assistente de Ciência Tecnologia e Inovação; e Dione Santos e Claudia Magalhães, ambas analistas de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Fonte: http://abiquim.org.br/comunicacao/noticia/10591