Uma das bebidas mais populares do Brasil marcou o retorno do Falas da Química, nessa segunda-feira (27).
Uma das bebidas mais populares do Brasil marcou o retorno do Falas da Química, nessa segunda-feira (27). O evento virtual foi promovido pelo Conselho Federal de Química (CFQ) para debater temas de interesse dos profissionais da área e da sociedade. A cerveja, que alcançou 14 bilhões de litros em consumo no país em 2021, durante a pandemia, foi a protagonista durante um debate que reuniu conselheiros federais, especialistas e o público em geral.
A discussão foi mediada pela conselheira federal Raquel Fiori, que recebeu Rozilene Sá como primeira convidada da noite. Além de Química formada pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Rozilene é mestre cervejeira pelo Siebel Institute e Doemens, sommelière de cervejas pelo Instituto da Cerveja Brasil (ICB) e especialista em Fermentação pelo Centro de Engenharia Ambev.
Ela começou explicando alguns aspectos técnicos. “Não somos nós, mestres cervejeiros, que fazemos a cerveja, mas sim a levedura. E a cerveja do Ceará ou do Rio é a mesma, porque a água é tratada por nós”, esclareceu.
Em relação a outros ingredientes que compõem a bebida, ela afirmou: “o lúpulo é conservante natural e podem ser diferentes a depender da cor das garrafas, tanto da âmbar quanto da transparente. Já a levedura é a estrela da produção da cerveja”, brincou.
Rozilene explicou, ainda, os 17 passos que compõem as cinco etapas macro do processo de produção da bebida e ressaltou que, do campo até os copos, são feitas, em média, 1,3 mil análises na cerveja, além de reforçar a importância de Profissionais da Química nesse processo de qualidade e de lazer das pessoas. “A cerveja é feita para momentos de comemoração.”
Outra participante foi Patrícia Pfrimer Muller, sócia-proprietária da São Bento Bebidas e Alimentos e sommelière pelo Science of Beer e de cachaça pelo Inovbev, da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, ela possui curso de Tecnologia Cervejeira pelo ICB e pelo Senai Vassouras (RJ), curso de Fermentação pelo Yeast Freaks, curso de Produção em Cerveja pelo Concerveja, curso de Master Blender e Master Destiller e de Qualidade em Produção de Cachaça pelo Inovbev (USP) e curso de Técnico em Química pelo Senai.
“Apesar de a cerveja ser amplamente consumida no Brasil, o país ainda não é uma escola-cervejeira”, disse Patrícia. Mas a depoente ressaltou também em sua fala que o curso de Química deu a ela segurança para ter uma fábrica. “Me trouxe a possibilidade de ir além. Eu me apaixonei pela Química, leio, pesquiso, compro livros, me tornei uma autodidata”, revelou.
O conselheiro federal Rodrigo Alan Rodrigues também participou do encontro. Dentro do extenso currículo, ele possui curso técnico em Química Industrial pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET/MG) e atuou como consultor e técnico responsável por dez anos em tratamento e distribuição de águas subterrâneas para consumo humano. “O objetivo desse momento é disponibilizar conteúdos técnicos que valorizem o Profissional da Química. E se o profissional atua na área, ele precisa estar registrado no Conselho Regional”, lembrou.
A chefe da Assessoria de Comunicação do CFQ, Jordana Saldanha, comentou sobre o evento. “Os depoimentos são falas repletas de amor, recheadas de muito carinho e que abordam o empreendedorismo em sua infinita possibilidade.”
Fonte: https://cfq.org.br/noticia/cerveja-e-destaque-no-retorno-do-falas-da-quimica/
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