Ao longo do evento, que atraiu ao litoral fluminense representantes de empresas produtoras, instituições da sociedade civil e órgãos de governo que atuam na elaboração e execução de projetos, regulação e financiamento para o setor, além da comunidade científica brasileira que se debruça sobre a temática da construção de tecnologias para viabilizar a economia do hidrogênio no Brasil, foram discutidas diversas possibilidades para o emprego do elemento químico.

Entre as temáticas em debate, foram apresentados projetos e estudos relacionados à produção, condicionamento, armazenamento, transporte, normalização, regulação, desenvolvimento de infraestrutura e usos do hidrogênio para transporte, geração de eletricidade, produção de carreadores de hidrogênio, fertilizantes, aço e produtos descarbonizados com hidrogênio.

Vaz Castro, que integra o Comitê de Relações Institucionais e Governamentais (CRIG) do Conselho Federal de Química (CFQ), destaca que a pauta da economia do hidrogênio está em destaque no conjunto de ações do Sistema CFQ/CRQs, especialmente junto ao parlamento. No começo de maio, Vaz Castro representou o Sistema em uma audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados exatamente sobre o tema da sustentabilidade do uso do hidrogênio.

No evento, Vaz Castro estreitou relações com representantes de outras instituições. No segundo semestre, o Sistema CFQ/CRQs deverá organizar um seminário próprio para tratar do tema do hidrogênio e os contatos realizados em Maricá servirão para definir a lista de palestrantes e convidados para esse seminário. Já no evento de abertura do Congresso, o presidente do CRQ capixaba deixa claro que os olhares estão voltados para o hidrogênio neste momento porque estamos numa fase de exploração de suas possibilidades.

“A temática foi mostrar o potencial do hidrogênio – que hoje na verdade não é mais um potencial, já é uma realidade. A questão do uso do hidrogênio, tanto na questão de transição energética, como também em diversas ações para descarbonização de processos, não está restrita ao ambiente industrial. Está presente em outros tipos de atividades, como por exemplo no consumo de combustíveis. Isso é muito importante”, destacou Vaz Castro.

A escolha por Maricá, afirma o presidente do CRQ XXI, não foi obra do acaso. A cidade tem uma política ambiciosa de transição energética que inclui a descarbonização da rede de transporte público da cidade, que possui aproximadamente 170 mil habitantes.

“A meta da cidade é ambiciosa, a prefeitura tem a intenção de que, até 2028, ou seja. em 5 anos, toda a frota de transporte público aqui do município – da empresa municipal de transporte, que é pública –, esteja rodando em ônibus elétricos ou a hidrogênio”, afirmou o presidente do CRQ XXI.

O 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio ocorreu de forma híbrida e reuniu palestrantes do país e do Exterior. Instituições e empresas do Brasil e de outros países também montaram estandes e abriram canais de diálogo para o intercâmbio de tecnologias com os brasileiros. As possibilidades e a exploração das valências do hidrogênio atraem a atenção do mundo todo.

“Tivemos um pessoal aqui da Agência Internacional de Energia, tivemos participação de interessados, pesquisadores e empresas do Chile, da Itália e de outros países. É um mercado ativo em que as pessoas estão conversando bastante com o resto do mundo”, concluiu.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/sistema-cfq-crqs-marca-presenca-no-3o-congresso-brasileiro-de-hidrogenio-em-marica-rj/