Avanços tecnológicos exigem atualizar formulações e adotar insumos mais eficientes e seguros
O agronegócio brasileiro teve um ano difícil em 2022.
Pressionado pela alta dos custos com insumos e com redução de safra por motivos climáticos, o setor registrou em redução de 4,22% no valor da produção em relação a 2021, alcançando a cifra de R$ 2,45 trilhões pelos cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq-USP), em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
É preciso ressaltar que o ano anterior foi o recordista da série histórica, somando R$ 2,56 trilhões. Com a queda, a participação do agronegócio no PIB recuou de 26,6% para 24,8%.
Os dados do Cepea mostram que a atividade agrícola responde por 72,7% do valor adicionado pelo conjunto do agronegócio, enquanto a pecuária representa os demais 27,3%.
Em 2022, a agricultura emagreceu 6,39%, enquanto a pecuária engordou 2,11%.
Mesmo assim, o agronegócio lidera as exportações, com valor total de US$ 159,1 bilhões, 47,6% do total exportado pelo país em 2022.
Os produtos do complexo soja (grãos, farelo, óleo e derivados) constituem o principal item exportado, com US$ 60,95 bilhões.
Os dados de comércio exterior foram divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária em janeiro de 2023.
A obtenção de resultados tão expressivos depende da utilização intensiva e correta de tecnologia, com destaque para insumos químicos, dos corretivos e fertilizantes de solos até os defensivos contra plantas invasoras, insetos e microrganismos patogênicos. Aos agricultores, 2022 trouxe uma elevação significativa de custos.
No caso dos agroquímicos, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) apresentou levantamento realizado pela consultoria Kynetec que indicou elevação de 28,3% no custo médio dos produtos aplicados, entre 2021 (US$ 8,00/ha) e 2022 (US$ 10,27/ha). Isso ainda reflete os impactos da Covid-19 e da guerra na Ucrânia sobre as cadeias produtivas e logísticas internacionais.
Outros dados do Sindiveg/Kynetec (resumidos em gráfico nesta edição) mostram que a área total pulverizada (PAT) aumentou 7,31% no período, enquanto o valor dos produtos agroquímicos aplicados cresceu 37,7% em 2022. No período, a quantidade de produtos efetivamente lançados nos cultivos registrou evolução de apenas 6,47%.
Cabe explicar que o critério PAT é calculado pela multiplicação da área cultivada pelo número de aplicações realizadas e também pelo número de produtos empregados nas aplicações.
“Esse critério permite comparar melhor os dados obtidos em cada safra e cultivo, para compreender as tendências de mercado”, explicou André dos Santos Dias, diretor geral para a América Latina da Kynetec, empresa de consultoria de alcance global que adquiriu no ano passado a brasileira Spark Inteligência Estratégica que pesquisava o mercado brasileiro de defensivos desde 2013.
As participações relativas entre os grupos de produtos praticamente não se alterou no período. Os herbicidas lideram com folga, representando 49% da quantidade aplicada em 2022. Na sequência, aparecem disputando cabeça a cabeça os inseticidas (21%) e os fungicidas (20%). Os adjuvantes e reguladores de crescimento ficaram com 9%, enquanto o tratamento de sementes manteve seu 1%.
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Fonte: https://www.quimica.com.br/agroquimicos-avancos-tecnologicos-exigem-adotar-insumos-mais-eficientes/
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