Como indústria de base, o deputado destacou a importância do setor químico para o desenvolvimento econômico e social do país, ressaltando a necessidade de fomentar a geração de empregos de qualidade, de altos salários; além de estimular subsídios. “Precisamos, sobretudo, trabalhar questões burocráticas, por exemplo a que se refere à licença de funcionamento de operação da indústria química, que aqui em São Paulo são dois anos, enquanto nos demais estados que têm polos petroquímicos são oito. A questão tributária é também outra demanda. São Paulo não ganha cobrando 6% de impostos; ele vem perdendo com a retirada de indústrias para outros estados, cujas taxas giram em torno de 12% como Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia e Rio Grande de Sul. Precisamos de políticas que defendam nossas indústrias locais, que defendam o ABC, que combatam o crescimento dessa evasão”, enfatizou. 

André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, disse que é fundamental a união de todos os atores envolvidos em prol do fortalecimento da indústria e na construção de uma pauta comum. “O setor carece de programas de incentivo para alavancar o setor e garantir um ambiente jurídico seguro no sentido de atrair mais investimentos, a exemplo de vários países da Europa, Oriente e Estados Unidos. Não existe país forte sem uma indústria forte”, ressaltou Cordeiro, lembrando que entre todas as indústrias globais, a do Brasil se destaca por ser a mais sustentável. “Somos líderes mundiais em sustentabilidade, já fizemos nossa lição de casa. Temos a indústria que menos gera gases de efeito estufa. Temos vantagens comparativas que nenhum outro país tem. E chegou a hora do Brasil mostrar essa força e competência. Enquanto isso, a defesa do nosso mercado não acompanha essa nossa excelência. Temos, efetivamente que reverter esse quadro”, complementou. 

Em pronunciamento por vídeo, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, trouxe a preocupação e o comprometimento do Governo com a agenda da indústria, reforçando a necessidade de uma política de Estado, rumo a neoindustrialização. Também vitualmente, o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) e presidente da Frente Parlamentar da Química no Congresso Nacional, levou seu reconhecimento ao grupo recém-criado reafirmando o seu compromisso de estar junto à defesa do grupo em São Paulo.

Compuseram ainda a mesa de discussão Rômulo Fernandes, deputado estadual e membro da Frente Parlamentar em Apoio à Indústria Química e Farmacêutica do Estado de São Paulo; Teonílio Barba, deputado estadual, primeiro-Secretário da Alesp e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa de uma Reforma Tributária Justa/Inclusiva, que estimule a produtividade, investimento e o aumento do emprego/renda na ALESP; Paulo Engler, diretor presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Química (IdQ);  Nelson Pereira dos Santos Reis, diretor titular do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da FIESP, representando o presidente Josué Christiano Gomes da Silva; Juliana Cardoso, secretária-executiva de Estado de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, representando o Secretário de Estado, Jorge Lima; Aroaldo Silva, presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC; Sérgio Luiz Leite, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo; Airton Cano, coordenador política FetQuim, Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT do Estado de São Paulo; e Francisco Ruiz, gerente do COFIP ABC – Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC.

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Fonte: https://abiquim.org.br/comunicacao/noticia/10831