O estudo verificou que o Brasil tem potencial de ofertar gás para atender a demanda da indústria, mas que uma parcela importante da produção brasileira de gás natural não chega ao mercado, sendo que, nos últimos 10 anos, o percentual da produção total que é disponibilizada vem caindo e atingiu menos de 40% em 2022. Esta queda, em muito, é explicada pelo crescimento contínuo dos níveis de reinjeção de gás nos reservatórios.

“Nós estamos convergentes e empenhados para construir juntos política consistente de reindustrialização do Brasil”, declarou o ministro aos representantes da Coalizão. “A questão é como vamos equilibrar desenvolvimento econômico com frutos sociais e sustentabilidade. Então precisamos tomar algumas decisões, e o presidente Lula é muito consciente disso.”

Segundo o ministro, é uma leviandade afirmar que o Brasil não tem gás. “Temos uma média de reinjeção muito acima da média mundial. Isso é natural do ponto de vista da rentabilidade e da expertise dessas empresas. Se você não tiver uma política pública para ancorar a espinha dorsal econômica do país, é natural que cada um faça o que é melhor para seu caixa”, afirmou. “Essa política tem que ser uma política de estado”.

A Coalizão pela Competitividade do Gás Natural como Matéria-Prima (CCGNMP) é liderada pela ABEMI - Associação Brasileira de Engenharia Industrial, com a coordenação técnica da ABIQUIM -Associação Brasileira da Indústria Química , e a participação das entidades: ABDIB, Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base; ABEGÁS, Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado; ABIMAQ/SINDIMAQ, Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos; ABIPLAST, Associação Brasileira da Indústria do Plástico; CNT, Confederação Nacional do Transporte; FIEB, Federação das Indústrias do Estado da Bahia; FIEMG, Federação das Indústrias de Minas Gerais; FIRJAN, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro; TGBC – Transportadora de Gás Brasil Central; ONIP – Organização Nacional da Indústria do Petróleo; SEDE – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais; SEENEMAR - Secretaria De Estado De Energia e Economia Do Mar do Estado do Rio de Janeiro; e SEDETEC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico de Sergipe.

Fonte: https://abiquim.org.br/comunicacao/noticia/10880