Foto: Abiquim/ Divulgação

A Abiquim defendeu a criação de uma política pública para a produção de hidrogênio verde em evento sobre o tema, promovido pela Frente Parlamentar da Química (FPQuímica) e o Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química (IdQ), no dia 22 de novembro, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

De acordo com André Passos Cordeiro, presidente-executivo da entidade, além do insumo contribuir diretamente para o processo da neoindustrialização, ele destacou dois pontos fundamentais do manifesto produzido pelo IDQ sobre a produção de hidrogênio verde no Brasil. “Qualquer política pública que envolva o hidrogênio deve priorizar a sua utilização em território nacional, para descarbonizar especialmente a nossa indústria, inclusive antes de pensar na sua exportação. O outro ponto é tratar o tema com foco em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias eficientes, eficazes e altamente produtivas para a indústria química nacional.”

O presidente da Abiquim fez ainda um alerta sobre a política pública em questão. “Que ela não onere sobretudo, a indústria. Com certeza há uma preocupação com um mecanismo de obrigação de consumo do próprio hidrogênio ou de qualquer outro insumo que possa onerar os custos de produção da matéria prima acabada.”

Para Afonso Motta, presidente da Frente Parlamentar da Química, o debate é essencial para o futuro do país, afirmando que a nova legislatura da Frente está trabalhando de uma forma mais ampla – não apenas no sentido de acompanhar as questões regulatórias e propositivas da casa, mas no sentido de unir vários setores, promovendo, dessa forma, debates mais aprofundados para prospecção de dados técnicos que possam dar corpo e avançar no tema. “Com a regulação dessa matéria, nós, parlamentares, temos a responsabilidade de promover e provocar a mobilização do governo, uma vez que temos a consciência de que o hidrogênio verde já é e pode ser um patrimônio nacional”, enfatizou Motta.

Participaram ainda do evento, o vice-presidente da FPQuímica, o deputado federal Kiko Celeguim (PT-SP); os deputados federais Vitor Lippi (PSDB-SP), Reimont (PT-RJ), Bohn Gas (PT-RS), Merlong Solano (PT-PI), Alexandre Lindenmeyer (PT-RS); Juliana Marra, presidente do IdQ; Gustavo Fontenelle, coordenador-geral de Descarbonização do MDIC; Gilson Mascarenhas, presidente do Conselho Regional de Química AM/AC/RR/RO; Paulo Emilio Miranda, presidente da ABH2; Nelri Ferreira Leite, engenheiro químico da Eletronuclear; e Alexandre Vaz Castro, do Conselho Federal de Química (CFQ).

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Fonte: https://abiquim.org.br/comunicacao/noticia/11079