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O papel da Química na destinação correta de resíduos

Especialistas, gestores públicos, legisladores, consultores, empreendedores e acadêmicos de todos os continentes estiveram conectados no II Congresso Internacional Cidades Lixo Zero.



Especialistas, gestores públicos, legisladores, consultores, empreendedores e acadêmicos de todos os continentes estiveram conectados no II Congresso Internacional Cidades Lixo Zero, em Brasília, entre os dias 22 e 24 de junho. A reunião foi promovida pelo Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB), na segunda edição de um evento que contou com debates sobre redução, tratamento e gestão dos resíduos. Como a Química está em tudo, é claro que esta área da Ciência também tem muitas contribuições neste assunto tão importante para os rumos futuros: a destinação de resíduos.

O químico ambiental Rodrigo Oliveira é embaixador do Lixo Zero no Rio de Janeiro. Ele explica que viu no projeto uma oportunidade de usar os conhecimentos técnicos da área em prol de educar e conscientizar os cidadãos. "Como químico eu sempre trabalhei com a legislação aplicada às empresas no tocante à destinação correta de efluentes, tratamento de resíduos perigosos, e tudo que tem a ver com impacto ambiental causado por resíduos. Quando saímos do âmbito empresarial percebi que na sociedade civil havia um vácuo de informação, e que as pessoas precisavam conhecer mais o assunto para poder tomar as atitudes corretas".

O trabalho de sensibilizar o cidadão para que ele faça o uso correto dos recursos naturais e dê a destinação certa para o lixo não é tarefa simples. Rodrigo explica que equipes multidisciplinares trabalham no instituto para mobilizar governos e cidadãos, e que a parte que lhe cabe consiste em traduzir os processos químicos, de forma que qualquer pessoa possa entender os riscos que dejetos, sem destino correto, podem representar à saúde humana e ao meio ambiente.

"Uma coisa é você falar em critérios de lançamento, outra é falar para as pessoas cuidarem do seu lixo. É como se pegássemos nosso conhecimento de Química e apertássemos uma tecla SAP para traduzir isso para o cidadão. Uma ótima forma de mostrar isso é por meio de informação e de boas práticas. Daí passa a se repensar o consumo, a forma como se trata o lixo doméstico, a se medir os riscos envolvidos", detalha.

Para Rodrigo, trabalhar junto com o Instituto é uma forma não só de trabalhar pelo meio ambiente e pela sociedade, mas também uma realização pessoal. "Sinto que consigo cumprir o meu papel de químico perante a sociedade. O Lixo Zero é uma ferramenta, por meio da qual eu me engajo, colaborando como parte técnica. Isso vale muito para mim. É uma área de conhecimento essencial para a sustentabilidade. Surgem dúvidas que não estão ao alcance do entendimento de todos, e sinto que meu trabalho é muito importante aqui. Quando me apresento como químico as pessoas querem saber o que tenho a dizer, se interessam e perguntam. É muito bom poder oferecer meu conhecimento para esta causa", finaliza.



O conceito Lixo Zero

É uma meta que visa guiar pessoas e instituições para a mudança de práticas, buscando, assim, incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo. A partir de premissas éticas, econômicas e eficientes, a metodologia promove maneiras específicas de cuidar dos resíduos que jogamos fora. Também propõe medidas de ação pública e privada que minimizem os impactos do aquecimento global.

Para saber mais sobre a atuação do químico ambiental, acesse nossos vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=9NJZS8tMBYk&t=22s

Fonte:

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

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