Esta afirmação de André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, foi feita durante o painel temático “Crise das Mudanças Climáticas, Transição Justa e Acordo Global dos Plásticos - Impactos para os Catadores e Catadoras” da 10ª edição da Expocatadores, evento promovido pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Associação Nacional dos Catadores (ANCAT) e UniCatadores, que ocorreu entre os dias 19 e 22 dezembro, em Brasília, e que reuniu representantes de governos, empresas, sociedade civil, delegações internacionais, entidades de apoio e assessoria, parceiros MNCR/ANCAT, além de convidados.

Ainda na pauta do painel, discussões sobre as questões de meio ambiente, bem como a poluição nos oceanos - desafios para o Tratado do Plástico. Passos ressaltou que o Brasil é um país onde se origina a solução para uma série de problemas. “Nossa matriz energética é muito diferente do restante do mundo. Temos uma enorme gama de fontes de energia renováveis; temos os menores índices de emissão de gases de efeito estufa. Dentre nossas pautas, reitero que defendemos a transição de uma economia linear para uma que redesenha, recicla, reutiliza e remanufatura, eliminando o descarte inadequado de resíduos, protegendo o meio ambiente.

E isso é uma construção de cada um de nós que pagamos por isso. Pagamos enquanto setor produtivo, indústria, catadores”, afirmou o presidente da Abiquim.

Nos quatro dias de evento, a Abiquim manteve um estande com uma programação que trouxe ações e parcerias do setor químico que contribuem para a reciclagem inclusiva e a circularidade, além iniciativas de propulsão de reciclagem mecânica. O espaço disponibilizou ainda um ambiente propício para negócios, onde empresas compradoras e cooperativas tiveram a oportunidade de estabelecerem parcerias diversas. Ao final do evento, foram captados mais de 300 contados de cooperativas interessadas. “Esse foi um dos nossos principais objetivos com a participação da Abiquim na Expocatadores, aproximar empresas com o catador em um processo de oferta de material para que não haja, sobretudo, perdas no processo. A ideia é reduzir ao máximo essa intermediação”, destacou.

A Abiquim, ressaltou Passos, tem liderado a jornada do setor químico no Brasil em direção à produção segura e sustentável, utilizando como base as diretrizes do Programa Atuação Responsável®, que contempla requisitos de desenvolvimento sustentável e ESG – Environmental Social and Governance (ambiental, social e de governança), trabalhando em prol do crescimento da indústria química brasileira e de sua cadeia de valor. “O Programa AR® é uma estratégia bem-sucedida não apenas para a indústria química, mas também para seus fornecedores e clientes, com benefícios efetivos e concretos para toda a sociedade.”

Dentre os resultados de Desempenho do Programa Atuação Responsável no que tange aos indicadores do quadro de Meio Ambiente do ano de 2022, destaca-se, por exemplo, um aumento de 77,59% de resíduos sólidos perigosos e 54,74% de resíduos sólidos não-perigosos que foram reciclados, reutilizados e/ou reprocessados, inclusive enviados a coprocessamento, acentuando a capacidade da indústria química de reaproveitar seus resíduos, ano após ano. Vale ressaltar as ações, projetos e melhorias voltados para: gerenciamento e padronização de resíduos; conscientização de colaboradores; sustentabilidade; logística reversa; coleta seletiva etc.

Conheça algumas  ações da indústria química em prol da sustentabilidade e dos objetivos para o desenvolvimento sustentável.

Estande da Abiquim na 10ª Expocatadores, em Brasília

Foto: Abiquim/Divulgação

Fonte: https://abiquim.org.br/comunicacao/noticia/11117