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Conselheiro federal do CFQ fala sobre venda ilegal de dióxido de cloro após notificação da Senacon

a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), notificou dez sites de comércio eletrônico por venda irregular de dióxido de cloro, substância utilizada na fabricação de produtos de limpeza. Uma plataforma chegou a recomendar o composto químico para consumo humano, citando efeitos sem comprovação científica, o que pode representar riscos à saúde dos consumidores.

Sobre o assunto, o conselheiro federal do Conselho Federal de Química (CFQ), Ubiracir Lima, falou sobre a venda ilícita da substância química. Ele esclareceu que o dióxido de cloro é uma substância que requer análise cuidadosa. “O dióxido de cloro (ClO2) é uma substância química com alto poder oxidante, ou seja, reage fortemente com matéria orgânica. Devido a essa característica, ela foi testada pela indústria de saneantes quanto à eficácia e segurança de uso frente a microrganismos específicos. Após análise, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou seu uso como um produto saneante da categoria de desinfetante”, preveniu.

Além disso, o conselheiro também ressaltou a importância de compreender os limites da aprovação regulatória. “É importante entender que qualquer produto sujeito à vigilância sanitária, como alimentos, cosméticos, medicamentos ou saneantes, só é disponibilizado ao público após comprovação de eficácia e segurança. O dióxido de cloro foi testado apenas para seu uso como desinfetante, não sendo testado e aprovado para uso terapêutico”, acrescentou.

Notificação
Entre as plataformas notificadas, ao menos uma recomendava o uso humano da substância para fins terapêuticos. Um dos anúncios sugeria o consumo oral do dióxido como “bactericida, fungicida, vermífugo (parasitas unicelulares), virucida, além de eliminar toxinas de medicações, alcalinizar o pH do organismo e reduzir inflamação crônica”.

O secretário Nacional do Consumidor e presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), Wadih Damous, enfatizou a responsabilidade das plataformas em retirar o produto de comercialização. Caso contrário, medidas civis e penais serão buscadas contra os envolvidos.

Saúde com Ciência
O CNCP, por meio do Programa Saúde com Ciência, em conjunto com outros órgãos governamentais, visa combater o mercado ilegal e promover informações cientificamente comprovadas, conscientizando a população sobre os riscos de consumir produtos sem respaldo científico e enfatizando a importância da vacinação para a saúde pública.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/conselheiro-federal-do-cfq-fala-sobre-venda-ilegal-de-dioxido-de-cloro-apos-notificacao-da-senacon/

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