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2ª World Clean Paraíba: Sistema CFQ/CRQs leva mensagem em defesa dos Profissionais da Química e contra falsificações

O Sistema CFQ/CRQs marca presença na segunda edição da World Clean Paraíba 2024, realizada entre 16 e 17 de maio em Campina Grande (PB). O Conselho Regional de Química da 19ª Região (CRQ XIX – Paraíba) é um dos expositores do evento, dedicado aos setores de Saneantes, Cosméticos, Perfumaria e revendedores de produtos químicos.

A presidente do CRQ XIX, Raquel Lima, fez uma das palestras previstas no calendário de atividades do primeiro dia, intitulada “Rota Regulatória: ações do CFQ para coibir o comércio de produtos saneantes e cosméticos falsificados”. Raquel apresentou o Sistema CFQ/CRQs à plateia, composta por muitos empresários da área da Química e profissionais do segmento. Ela reforçou que o papel do conselho é, para além da fiscalização, o de orientar e apoiar tanto empresas quanto profissionais. Uma das manifestações desse apoio é exatamente o de auxiliar na tarefa de coibir as falsificações e os produtos fora das especificações e que podem colocar a sociedade em risco.

“A diferença de a gente trazer isso como uma campanha do Conselho Federal de Química junto aos regionais, é trazer para a sociedade a segurança dos produtos. Aproveitamos para mostrar um pouco do trabalho do Conselho Regional na fiscalização, que é a nossa atividade fim, e isso é de suma importância para que a sociedade se conscientize de todas as ações que viemos promovendo. Algumas delas são voltadas a coibir esse mercado ilícito de produtos, no caso das falsificações de produtos que não estão nos padrões das agências regulatórias. A proposta também é trazer não só esse caráter punitivo, mas e sim orientativo do que as empresas precisam de fato fazer”, disse Raquel, que prosseguiu:

“Algumas vezes, o empresário não sabe que ele precisa estar legalizado em determinado órgão, e aí a gente traz essa mensagem, do que precisa ser feito para que ele esteja legalizado. Como estar registrado nos órgãos reguladores e, também, o passo a passo para que os seus produtos também estejam registrados. Isso é uma das matérias que a gente veio trazer nessa segunda edição”.

Foco na biodiversidade e case com algas marinhas em destaque

Em seguida, foi a vez de tomar conhecimento das novidades do mercado. Entre elas, as inovações trazidas pela pesquisadora Lívia Luzart, que apresentou o tema “Algas Marinhas: A revolução verde na indústria dos cosméticos”, baseadas no estudo de desenvolvimento de produto de que ela tomou parte na empresa Fortquim.

“O Brasil é reconhecido mundialmente por sua biodiversidade e isso acaba não sendo aproveitado a contento. Ou nós somos explorados por outros países, que vem aqui e aproveitam da nossa biodiversidade, ou minimizamos a importância dela degradando, desmatando, acabando com áreas de floresta que, por si só, oferecem para gente uma riqueza de nutrientes, uma riqueza de compostos ativos que podem ser incorporados em cosméticos”, afirmou Livia.

Aproveitamento de hidrolatos foi tema de palestra

Outra palestra voltada para que os participantes apresentassem suas experiências coube a Eduardo Alencar, representante técnico da empresa Agropaulo, que fez uma exposição intitulada “Utilização de Óleos Essenciais e Hidrolatos em Cosméticos Naturais”. Em sua palestra, Alencar reforçou que o nível de exigência dos consumidores força a indústria a buscar novas formulações – e que isso, ao mesmo tempo em que pressiona quem produz, obriga os técnicos a serem criativos.

“Para se obter o óleo essencial, inevitavelmente se obtém o hidrolato. Ele é um coproduto, vamos chamar assim, que inicialmente não tinha um destino comercial. Então a maioria do que era fabricado era descartado? Mas com o advento dos cosméticos naturais e orgânicos, veganos, hoje se tem um produto que é de fácil incorporação em formulações, já que ele é um produto hidrofílico, então é de fácil incorporação e que tem também as propriedades dos óleos essenciais com a vantagem de ter um custo mais interessante. Então o custo-benefício é bastante bom”, explica.

Minicurso de sobre contaminação microbiana fechou pauta do primeiro dia

A última exposição do dia coube a Isabel Maria de Araujo Pinto, bióloga da Universidade Estadual Paulista (Unesp) que ministrou o minicurso “Contaminação Microbiana na Fabricação de Saneantes, Cosméticos, Alimentos e Tintas”. Ao longo de mais de uma hora, ela revisitou pontos importantes sobre a contaminação microbiana, alguns cuja repercussão nos leva a refletir não só sobre o tema na seara industrial, mas mesmo cuidados que podemos ter em escala doméstica.

“Não se deve varrer chão de fábrica e nem do laboratório. Deve ter canaletas, e  primeiro, se deve limpar o chão e depois os balcões. O ar condicionado demanda controle, pelo menos quinzenal, de microrganismos no ar. Ele traz fungos e querendo ou não, você trouxe algo de fora pro seu laboratório. A própria circulação de pessoas é problemática. No momento em que os próprios colaboradores passam e batem, a corrente de ar manda tudo pra cima. Aí se tem a decantação, mas vem outro colaborador que passa caminhando rápido. Sem contar que o laboratório não é lugar para conversar. É uma terapia e exige foco. Quando se está no laboratório, os problemas ficam todos lá fora”, salienta.

Mesa de negócios: espaço reservado para incentivar o networking

Ao longo do dia, as atenções estiveram voltadas para as mesas de negócios, um espaço montado para que fornecedores e produtores pudessem conversar e encaminhar transações, movimentando a economia e permitindo aos fabricantes do nordeste ter contato mais próximo com as últimas tendências do mercado, qualificando sua produção local.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/2a-world-clean-paraiba-sistema-cfq-crqs-leva-mensagem-em-defesa-dos-profissionais-da-quimica-e-contra-falsificacoes/

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