Institucional
Notícias

CFQ leva palestra sobre as cores do hidrogênio no I Senahidro

O Conselho Federal de Química (CFQ) participou dos debates do I Seminário Nacional de Hidrogênio (Senahidro), ocorrido em Brasília (DF). Na última segunda-feira (27), o conselheiro federal do CFQ e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), José Ribeiro dos Santos Júnior, foi um dos palestrantes do evento, com o painel “As Cores e o Hidrogênio de Baixo Carbono”.

Em sua apresentação, Ribeiro explicou que o hidrogênio é um gás de alta difusão. Na natureza, pode reagir com o oxigênio ou compor o universo. O elemento pode ser encontrado em maior abundância na água, mas também está presente em hidrocarbonetos e compostos orgânicos. É justamente a partir da forma de obtenção do gás que são definidas as cores do hidrogênio.

No caso do hidrogênio verde, há baixa emissão de carbono. “O processo usa energias renováveis, como movimento das marés, energia eólica, solar e biomassa, entre outras. Em geral, elas geram eletricidade e fazem a eletrólise. Assim, geram hidrogênio de alta pureza. A emissão de carbono é praticamente zero”, disse o conselheiro.

As demais cores do hidrogênio, como rosa, azul e cinza, são obtidas por meio de outras fontes, que geram níveis de pegada de carbono diferentes. Quanto mais escura a cor, mais gás carbônico está associado à produção do hidrogênio. São as chamadas rotas de carbono, gás que contribui para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

“É essa mudança na fonte e no processo de obtenção que se propõe ser feita para que se consiga um sistema livre de carbono. Assim, aparecem sistemas de baixo teor de carbono”, explicou.

PNH2
Durante o evento, a secretária nacional de transição energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Karina Araújo, apresentou o Programa Nacional de Hidrogênio, que traçou uma perspectiva para o setor, que já tem US$ 30 bilhões em projetos anunciados. O Brasil tem potencial de gerar 1,8 gigatoneladas de hidrogênio por ano.

Araújo afirmou que o governo federal considera o hidrogênio de baixa emissão de carbono, qualquer que seja a cor. A ideia de privilegiar esse termo é evitar que sejam criadas barreiras ao desenvolvimento tecnológico se for definida apenas uma cor, além de fortalecer o potencial natural do país no setor e reforçar a meta do programa: “O objetivo é a descarbonização”, concluiu.


Fonte: https://cfq.org.br/noticia/cfq-leva-palestra-sobre-as-cores-do-hidrogenio-no-i-senahidro/

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

 Rua São Paulo, 409 - 16º Andar - Centro, Belo Horizonte - MG - 30170-902

 (31) 3279-9800 / (31) 3279-9801