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Pesquisadores brasileiros criam composto que combate superbactérias

Composição desenvolvida por equipe da Unicamp ataca as bactérias multirresistentes, interrompendo sua proliferação.


Composição desenvolvida por equipe da Unicamp ataca as bactérias multirresistentes, interrompendo sua proliferação

As superbactérias são agentes infecciosos resistentes aos antibióticos que acometem pessoas cujo sistema imunológico está abalado. Em tempos de pandemia do coronavírus, que diminui a imunidade dos infectados, encontrar soluções para este tipo de problema se tornou uma prioridade. De olho em opções para lidar com os patógenos, cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiram criar um promissor medicamento com ação antibacteriana.

O time brasileiro desenvolveu uma composição que sintetiza nanocápsulas de prata com ação antimicrobiana e essa mistura, que pode ser aplicada em pomadas, por exemplo, combate infecções com bactérias multirresistentes.

A solução criada pelos pesquisadores, liderados pela química Cátia Ornelas, bloqueia o desenvolvimento dos agentes infecciosos: "Isso impede que elas produzam fonte de energia necessária para a sua sobrevivência e, assim, interrompem a proliferação", explica Ornelas em entrevista à Unicamp. Esta tecnologia teve sua patente depositada em 2020, e a descoberta foi divulgada nessa terça (6/7).

De acordo com a pesquisadora, a ação bactericida inventada por sua equipe é possível porque as nanopartículas de prata atacam as membranas externas das bactérias, tornando-as defeituosas e vulneráveis.

As superbactérias são mais comuns em ambientes hospitalares, como centros cirúrgicos e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e entre pessoas que usam antibióticos com frequência ou de modo incorreto.

O Relatório Anual da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado no ano passado alerta que, dentre os mais recentes antibióticos desenvolvidos, nem todos têm sido capazes de conter as superbactérias. Por isso, a OMS tem incentivado os países a investirem no estudo e criação de antibactericidas mais potentes, o que torna ainda mais promissora a invenção brasileira.

Fonte:

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