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Aplicação de cargas minerais: processamento e nanotecnologia

Processamento adequado e nanotecnologia agregam funcionalidades às cargas

A aplicação de cargas minerais aos mais distintos tipos de polímeros, misturas conhecidas como compósitos, é prática que quando surgiu, décadas atrás, tinha a finalidade de baratear os custos das linhas de produção da indústria do plástico. Com o passar do tempo se percebeu que as cargas aprimoravam as características físicas e químicas das resinas. Surgiu, então, o desafio que persiste até hoje para os fornecedores de cargas e as gigantes químicas produtoras de resinas, o de aprimorar essas misturas, desenvolver soluções voltadas para dar ao compósito as propriedades adequadas para atender a necessidade dos projetos finais das peças.

As cargas minerais são materiais sólidos, particulados orgânicos ou inorgânicos, encontrados em várias formas e tamanhos. Podem ser citados, como exemplo, o carbonato de cálcio (calcita), bastante procurado para materiais usados na construção civil, em especial quando adicionado ao PVC, embora também seja bastante incorporado ao polietileno e ao polipropileno.

O carbonato de cálcio natural, extraído de jazidas e beneficiado em diversas faixas granulométricas, é um mineral de constituição inorgânica, quimicamente inerte, extraído de jazidas e beneficiado em diversas faixas granulométricas de acordo com a aplicação desejada. É muito utilizada pelo baixo valor de mercado, e alta oferta.

Outro mineral bastante popular é o talco, muito aproveitado, por exemplo, em aplicações nas quais se utiliza o polipropileno. Trata-se de mineral de constituição inorgânica, quimicamente inerte, extraído de jazidas e beneficiado em diversas faixas granulométricas. Vários outros minerais (dolomita, pirofilita, quartzo, barita, etc) são aproveitados em compósitos os mais distintos, elaborados com a presença de várias resinas.

Os minerais mais usados são encontrados em abundância na natureza. Eles apresentam baixo custo de extração e estão disponíveis no mercado a preços relativamente compensadores. O Brasil possui jazidas e minas da maioria deles e isso permite a produção próxima do consumo final. Boa vantagem se lembrarmos do custo dos fretes de longas distâncias. As vendas nesse mercado dependem muito do desempenho da indústria do plástico como um todo.

O uso crescente ao longo dos anos dos minerais mais “populares” ocorre em paralelo ao surgimento de cargas altamente sofisticadas, cuja incipiente produção se concentra em países com tecnologia avançada. Hoje, o grande destaque entre os produtos com elevada tecnologia é o grafeno, nanomaterial que se torna a cada dia mais precioso. Mais forte que o aço, mais leve que o ar e mais fino que um fio de cabelo, despertou interesse mundial ao ser redescoberto e isolado em 2004 por pesquisadores da Universidade de Manchester, na Inglaterra. O feito rendeu aos cientistas André Geim e Konstantin Novoselov o Prêmio Nobel de Física de 2010.


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