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Desenvolvimento e Otimismo no Setor de Produtos de Limpeza

Setor vê oportunidades e desafios para o futuro - ABIPLA.



Os fabricantes de produtos de limpeza parecem retomar a confiança na recuperação do setor neste início de segundo trimestre.

Nossos associados, que vivenciaram níveis de produção voláteis em 2020, parecem retomar o otimismo, após encerrar o mês de março com números que indicam um início de melhora do mercado.

Com isso, seguimos mantendo a expectativa de crescimento em torno de 3%, em 2021, já que os cuidados com a higienização de ambientes seguem como uma das principais armas no combate à disseminação do novo coronavírus.

Lembro que, até 2019, nossos níveis de produção cresciam em ritmo maior que o PIB brasileiro – e até que o PIB industrial geral – seguidamente. Isso porque existe uma conjunção de fatores que criam um ambiente de negócios voltados ao desenvolvimento do setor, que passam por boa gestão administrativa, valorização de talentos e foco em inovação constante, como características comuns das principais empresas fabricantes de produtos de limpeza.

E acredito que esses adjetivos possam ser estendidos ao setor químico como um todo. Representamos quase 10% do PIB industrial do País e baseamos nossas estratégias em pesquisa e desenvolvimento tecnológico – que são grandes catalisadores de desenvolvimento econômico, para qualquer nação.

Além disso, somos protagonistas da implantação da indústria 4.0 no País, integrando tecnologias digitais, como robótica avançada, internet das coisas, inteligência artificial e big data.

Desafios e oportunidades setor de Limpeza: Saneantes Domissanitários Temos desafios e entraves pela frente, sem dúvida, como o chamado Custo Brasil e a necessidade de Reformas, como a Tributária.

No entanto, penso que é melhor não nos atermos aos obstáculos, mas, sim, focarmos nas oportunidades que o nosso País e mercado oferecem.

Se considerarmos o potencial de consumo de produtos de higiene e limpeza para ambientes, veremos que o Brasil tem um vasto potencial pela frente, se comparado a outros países.

Aqui, os gastos com esses produtos, por domicílio, somam US$ 89,00, contra US$ 200,00 na Argentina, e US$ 233,00 nos Estados Unidos, conforme demonstra o quadro, elaborado com base na pesquisa realizada pela Euromonitor International, em 2018.

Uma outra oportunidade à vista se refere ao tratamento de água e saneamento básico. No ano passado, foi aprovado o Marco Legal do Saneamento, estabelecido pela Lei nº 14.026/2020, que visa atrair capital privado para o setor, já que, atualmente, o setor público representa cerca de 94% das empresas de tratamento de água e esgoto do País.

Estima-se que sejam necessários aportes de cerca de R$ 500 bilhões para que se atinja a universalização do sistema.

Esse investimento contempla obras de infraestrutura, que vão contribuir com geração de empregos em todas as regiões, gerando ganho em diversas cadeias produtivas, entre elas, a de produtos químicos.

Além disso, para 2021, as expectativas para o País são positivas: expansão de 3,5% para a economia brasileira e 4% para a construção civil, segundo projeções realizadas pela CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção.

Caso a estimativa se confirme, essa será a maior expansão para a construção civil desde 2013, o que pode alavancar o mercado de saneantes.

A adoção de modelos de negócios focados na sustentabilidade também faz parte do dia a dia dos nossos associados.

Muitos fabricantes de saneantes, por exemplo, já assumiram o compromisso de usar apenas embalagens recicladas ou biodegradáveis em poucos anos. Temas como economia circular, biodegradabilidade dos produtos químicos e matérias-primas, e energia renovável devem tomar as mesas de reunião da maioria das empresas do setor nos próximos anos.

E isso é algo bom, tanto para o planeta, como para a economia e para o setor.

Saneantes Domissanitários: Geração de empregos

Quero destacar, também, que o setor de fabricantes de produtos de higiene, limpeza e saneantes é um grande gerador de empregos, com vagas abertas para profissionais de diferentes formações e experiências, e oportunidades nas áreas operacional, de comunicação, administrativa e técnica, em especial nas especialidades regulatória e dos profissionais de química, responsáveis pelo desenvolvimento de fórmulas, testagens e aprovação junto à Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Hoje, o setor emprega, diretamente, cerca de 85 mil pessoas, já considerando as recentes alterações na maneira como são monitoradas as movimentações dos vínculos de emprego no Brasil.

Aqui cabe uma breve explicação: com o fim do prazo de transição para a adoção definitiva do e-Social, para boa parte das empresas nacionais, muitos setores acabaram registrando alta ou queda nos empregos, na comparação ao que era divulgado no Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

Com isso, nosso setor teve um salto, passando de cerca de 60 mil empregos diretos para quase 85 mil, por conta da nova metodologia adotada.

Tal diferença acontece porque o e-Social é mais eficiente na captação de vínculo de empregos temporários e terceirizados.

Fonte:

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

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