O plenário do Conselho Federal de Química (CFQ) realizou, na quarta-feira (21), um debate sobre a Educação a Distância (EAD) na formação de profissionais da área da Química. O encontro teve como objetivo principal garantir que a qualificação oferecida a distância atenda às necessidades da sociedade com segurança e eficiência.
A reunião contou com palestras de dois especialistas. Pela manhã, a diretora do Centro de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e coordenadora institucional da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na UFPI, Profa. Dra. Lívia Fernanda Nery da Silva, discutiu a aplicação do EAD nas universidades públicas.
“A fiscalização do Conselho Nacional de Educação é o caminho, e não existe a autorregulação. O agente formado não pode ser punido por eventual irresponsabilidade das instituições de ensino. Os Conselhos Profissionais devem atuar para orientar e indicar os componentes curriculares para a melhor formação do Profissional da Química, por exemplo”, afirmou a coordenadora, que defende o ensino a distância qualificado.
À tarde, o diretor de Educação a Distância da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Dr. Antônio Carlos Rodrigues de Amorim, compartilhou sua visão sobre as práticas e desafios do EAD, respaldado por sua experiência em publicações científicas e associações acadêmicas.
“O objetivo do programa desenvolvido pela CAPES busca formar alunos que não possuem condições de estarem no polo presencial. Há o ambiente virtual de aprendizagem, com a integração mediante a presença dos professores e tutores nas regiões dos alunos, para os encontros das aulas práticas. Os cursos concentram em sua grande parte na formação de professores”, destacou o diretor, que assumiu recentemente o cargo e pretende estender ainda mais o programa aos rincões do país.
O reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) e conselheiro federal do CFQ, Rafael Almada, destacou a relevância dessas discussões no cenário atual. “Estamos promovendo um aprendizado contínuo no plenário, que é essencial para embasar a avaliação e o desenvolvimento de novas estratégias e resoluções para o ensino a distância na área da Química”, disse.
Almada também ressaltou a importância dos seminários realizados durante o plenário, fundamentais para a criação de novas abordagens para a EAD em Química, com foco na qualidade do ensino. “Diante da crescente demanda por cursos a distância, nosso propósito é aprofundar o conhecimento sobre o EAD e suas possibilidades, a fim de desenvolver instrumentos que garantam a excelência do ensino a distância na área”, completou.
Os seminários vêm sendo realizados ao longo das reuniões plenárias, e têm gerado uma base sólida de conhecimento e diálogo, abrangendo modelos de instituições públicas, privadas e internacionais, com a participação de especialistas, inclusive de Portugal.
Ao final, o intuito é atualizar os parâmetros para a concessão das atividades dos Profissionais da Química formados em diversos cursos da área, independentemente do tipo de ensino escolhido pelo aluno, uma vez que o CFQ adota normas vigentes há décadas.
Os diálogos promovidos pela autarquia destacam a diversidade dos debates conduzidos pela entidade, que visa assegurar a qualidade do ensino, seja a distância ou presencial, para possibilitar a segurança da sociedade e o aproveitamento desses profissionais pelas empresas da área Química e congêneres.
Fonte: https://cfq.org.br/noticia/cfq-avalia-a-educacao-a-distancia-na-formacao-de-profissionais-da-quimica/
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