O Sistema CFQ/CRQs esteve presente na abertura do 21º Encontro Nacional de Química Analítica (ENQA) e do 9º Congresso Ibero Americano de Química Analítica (CIAQA), que ocorre entre 15 e 18 de setembro de 2024, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém do Pará.
A representação do Sistema CFQ/CRQs ficou por conta da presidente do Conselho Regional de Química da 6ª Região (CRQ VI – Pará e Amapá), Cristiane Maria Leal Costa, que discursou na abertura do evento. Ela se disse lisonjeada pela possibilidade de, pela primeira vez, o ENQA ser realizado no Norte do país.
“Hoje estamos testemunhando um momento histórico, a primeira vez que o ENQA é realizado na região norte do Brasil. Belém, a capital da Amazônia, será o palco de importantes discussões sobre a Química analítica e suas diversas vertentes durante os próximos dias. A importância da Química analítica para o desenvolvimento do Brasil e do mundo não pode ser subestimada. Ela desempenha um papel fundamental em diversas áreas”, afirmou.
A presidente destacou também o papel do Sistema CFQ/CRQs como parceiro e indutor de iniciativas como o ENQA e o CIQA – o CRQ VI e o Conselho Federal de Química figuram como apoiadores de ambos eventos.
“Sob a liderança do professor Doutor José de Ribamar Oliveira Filho, um químico industrial, o Sistema tem trabalhado fortemente para destacar a importância da Química em nossa sociedade. Com o slogan ‘Para tudo acontece uma química’, trabalhado pela área da comunicação do CFQ, se reflete nossa crença de que para a indústria crescer e o país avançar, para tudo tem uma Química, sendo a base para a solução de inúmeros problemas e para o progresso em diversas áreas”, assinalou a presidente Cristiane.
No domingo, o primeiro dia de atividades, um dos destaques da programação foi o workshop que tratou das “Ações do Comitê de Jovens Pesquisadores da Sociedade Brasileira de Química (SBQ). As atividades foram abertas pela professora Clesia Nascentes, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que é também coordenadora adjunta de programas acadêmicos da área de Química da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Ela apresentou um panorama completo sobre a pós-graduação em Química, na exposição intitulada “Cursos de pós-graduação em Química no Brasil: cenário atual e perspectivas futuras”. Clesia ressaltou a dimensão dos números da CAPES.
Em Química, existem 76 programas e 124 cursos de pós-graduação
“Temos 2.650 doutores e docentes cadastrados, 8.035 discentes, uma produção científica e tecnológica em torno de 14 mil produções. Somos uma área consolidada. A área de Química é a número quatro, a Capes atualmente tem 51 áreas e o número quatro veio em ordem mesmo de criação – então é uma das áreas mais consolidadas em termos de pós-graduação. Com relação à distribuição regional, a gente percebe pelo mapa que a gente tem uma concentração grande de programas de pós-graduação de Química no Sudeste, 28 dos programas estão no Sudeste, 19 no Nordeste, 15 no Sul, 10 no Centro-oeste, apenas quatro no Norte”, afirmou Clesia.
Nas exposições seguintes, se apresentaram pesquisadores e professores de todas as regiões do país. Além de contar um pouco sobre as pesquisas que estão sendo desenvolvidas, tanto no âmbito pessoal quanto no de seus institutos, foi possível extrair dos palestrantes uma ideia de como é a realidade para a pesquisa em Química em todos os cantos do Brasil.
Um exemplo dessa pluralidade foi trazido pela pesquisadora Franciele Oliveira Campos da Rocha, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), que expôs o tema “Jovens pesquisadores no extremo norte do Brasil, desafios, oportunidades e perspectivas”.
“Um pesquisador que vai para o extremo norte, ou que está no extremo norte, tem o que é uma oportunidade para ser um pesquisador. Então, começar dizendo que Roraima tem um bioma diferenciado, considerando a Amazônia como um todo, porque é uma região que apresenta três tipos de vegetações diferentes. Mas nós não temos apenas florestas, como normalmente se pensa quando se fala sobre a Amazônia”, destacou.
Ela lembrou ainda que, pelo fato de a UFRR ser uma instituição relativamente recente, há ainda muito campo de atuação para jovens pesquisadores.
“Em termos acadêmicos, as grandes oportunidades que a gente vê são, primeiro, que a universidade em que nós estamos atuando, ela só tem 35 anos, isso dá muita oportunidade para o jovem pesquisador que está entrando. Ele tem a oportunidade de falar, tem a oportunidade de participar na construção da universidade. É uma coisa que, quando a gente entra numa universidade que já tem um tempo, normalmente a gente vai seguindo o padrão. Então, lá você consegue quebrar mais facilmente esses padrões porque você tem uma voz muito mais ativa. A gente consegue fazer pesquisas pioneiras dentro da área de Química analítica, eu trabalho com qualidade do ar lá, por exemplo”, afirmou Franciele.
Além das pesquisadoras Clesia e Franciele, se apresentaram também, com os respectivos temas, Paulo de Tarso Garcia, da Universidade Federal de Jataí (UFJ) com “Transformando desafios em oportunidades: pesquisa com sensores analíticos vestíveis”; Daiane Dias, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), com “Eletroanalítica no extremo sul do Brasil: Perspectivas, Desafios e Inovações”; André Henrique Barbosa Oliveira, da Universidade Federal do Ceará (UFC, Brasil), com “Tem Óleo na Praia! E agora!? Desafios de um Jovem Pesquisador Nordestino”.
Fonte: https://cfq.org.br/noticia/sistema-cfq-crqs-na-abertura-do-encontro-nacional-de-quimica-analitica-enqa-em-belem-pela-primeira-vez-no-norte-do-pais/
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