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Química, justiça social e educação humanizada são temas da palestra inaugural do XXII ENEQ

A interseção entre Química, justiça social e uma abordagem humanizada da educação foi o tema da palestra inaugural desta segunda-feira (9), no XXII Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ), realizado em Belém (PA). A conferência destacou a necessidade de reavaliar a função da Química na sociedade e na educação, propondo uma visão que transcende o ensino tradicional baseado apenas em fórmulas e processos.

A professora Edênia Maria Ribeiro do Amaral, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), ressaltou a importância de uma visão expandida da Química, que vai além do conteúdo técnico. Durante sua apresentação, a docente abordou a necessidade de uma educação humanizada, que leve em consideração as dimensões sociais e ambientais da área da Química.

Ela argumentou que o ensino de Química deve promover a reflexão sobre justiça social e direitos, e que a educação deve ser transformadora, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva. “O desafio é ampliar nossa visão sobre a Química e adotar abordagens que sejam humanizadas e que incentivem uma compreensão mais ampla da disciplina”, explicou.

Amaral também discutiu a ideia de rever as concepções tradicionais sobre a Química e de considerar como diferentes perspectivas podem influenciar o ensino e a aprendizagem. A professora apresentou três questões principais para reflexão.

Primeiro, como o ensino de Química e a educação podem estar implicados em reflexões sobre justiça social e direitos. Ela observou que, no passado, discutir justiça social em um contexto acadêmico poderia parecer irrelevante. Contudo, destacou que encontramos um bom caminho para conectar a Química com esses temas, reconhecendo a importância de abordar essas questões para a formação de uma sociedade igualitária.

A segunda questão levantada por ela foi sobre os caminhos para promover e adotar abordagens mais humanizadas no ensino de Química. Amaral sugeriu que uma educação química humanizada deve facilitar a compreensão das diferenças como riquezas, em vez de desigualdades.

Por fim, a professora abordou a necessidade de pensar e ajudar a construir novos modelos para o futuro. Ela mencionou que o futuro não deve ser visto apenas como um horizonte distante, mas como algo que deve ser moldado pelas ações e decisões atuais. “O futuro é ancestral”, afirmou, citando a ideia de que pode exigir um retorno a práticas mais sustentáveis e conscientes.

XXII ENEQ
Voltado para docentes de Química e Ciências da educação básica, do ensino superior e estudantes de licenciatura e pós-graduação, com o tema “O Ensino de Química na defesa de direitos e inclusão social: ações e propostas para o contexto brasileiro”, o XXII Encontro Nacional de Ensino de Química ocorre de 9 a 12 de setembro, em Belém (PA), e tem o objetivo de debater o cenário atual de defesa e resgate de direitos na esfera social, ambiental e no campo de lutas em prol da educação pública.

Paralelamente ao evento, também ocorre a primeira edição do Encontro Regional de Ensino de Química – Norte (EREQUI – Norte) e a 8ª edição da Mostra de Materiais Didáticos de Química (VIII MOMADIQ).

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/quimica-justica-social-e-educacao-humanizada-sao-temas-da-palestra-inaugural-do-xxii-eneq/

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