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ACV: Normas orientam os estudos de Avaliação do Ciclo de vida

Padronizados por normas ISO, em sua versão mais completa os estudos de ACV (Avaliação do Ciclo de Vida) são também conhecidos pela designação “do berço ao túmulo”, que visa sintetizar sua capacidade de mensurar os impactos ambientais de produtos e serviços durante todo o seu ciclo de vida, começando pela obtenção da matéria-prima e chegando até o descarte, passando por produção, logística, distribuição, consumo, e, quando for o caso, também reciclagem. Mas há também versões mais restritas: por exemplo, aos impactos gerados pela fábrica onde é feito o produto.

Desenvolvidos com softwares específicos, eles consideram tudo o que entra no processo e aquilo que sai, sejam efluentes líquidos, emissões de gases e o próprio produto. Baseando-se nesses dados, quantificam diversas categorias de impactos ambientais:

  • emissão de gases causadores de mudanças climáticas
  • pegadas hídrica e energética
  • uso de recursos não renováveis
  • destruição da camada de ozônio
  • acidificação (mudanças no balanço de acidez do solo e da água), eutrofização (mudanças no ciclo de nutrientes no solo e na água)
  • toxicidade, entre outras.

Além dos dados do fabricante, um estudo do ACV (berço ao túmulo) exige também informações referentes às demais etapas componentes do ciclo de vida do produto, como a obtenção da matéria-prima e a logística. Como isso é muitas vezes difícil ou até impossível, caso empresas se recusem a fornecer as informações referentes a seus processos, há a possibilidade de recorrer aos bancos de dados com informações sobre outros estudos de ciclo de vida.

Um desses bancos é o SICV Brasil – Banco Nacional de Inventários de Ciclo de Vida, mantido pelo Ibict -Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que já disponibiliza gratuitamente 218 inventários de ciclo de vida: nove deles, referentes a produtos plásticos, relata Thiago Oliveira Rodrigues, pesquisador em informação para a sustentabilidade do Ibict. “E existe uma base de dados específica para plásticos, a Plastics Europe LCA Database”, destaca.

Os estudos de ACV, pondera Rodrigues, constituem a melhor ferramenta para a mensuração dos impactos ambientais de produtos, processos e organizações. No caso do plástico, ainda enfrentam dificuldades na análise de uma etapa pela qual essa matéria-prima é hoje muito questionada: o final de seu ciclo de vida (incluindo descarte, reúso e reciclagem).

Fonte: https://www.plastico.com.br/acv-normas-orientam-os-estudos-de-avaliacao-do-ciclo-de-vida/

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