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Segundo dia do 63º CBQ destaca palestras e celebração das Olimpíadas de Química

Na quarta-feira (6), continuaram os trabalhos do 63º Congresso Brasileiro de Química, em Salvador (BA), com uma programação de eventos importantes para a Química. Na parte da manhã, o conselheiro federal do CFQ, Djalma Jorge Nunes, fez a abertura da palestra técnica “Terras raras: uma Química não tão rara, o caso do íon Eu³?”, proferida pelo Prof. Dr. Jorge Fernando Silva de Menezes, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Em sua apresentação, o professor destacou seu trabalho com lantanídeos. Ele explicou que, embora nem todos os lantanídeos emitam luz na região invisível, muitos possuem propriedades de luminescência e fluorescência, emitindo luz tanto na região visível quanto na invisível. Menezes ressaltou ainda a importância de elementos como o neodímio e outros da série das terras raras, essenciais para o desenvolvimento de tecnologias do dia a dia, como TVs e celulares de alta definição. Como exemplo, ele mencionou as areias escuras presentes em algumas praias brasileiras, que contêm minerais de uso estratégico e com diversas aplicações.

“Hoje, elementos como o neodímio são fundamentais, presentes em superímãs de HDs e diversas outras aplicações. É essencial reconhecer o papel estratégico desses elementos para o Brasil e o mundo”, disse o professor. Ele ainda complementou que, apesar de chamados ‘raros’, esses elementos são fundamentais para o avanço tecnológico.

Ao final da palestra, Menezes incentivou a participação em eventos como o CBQ, onde é possível ampliar redes de contato e conhecer novos cenários da Química. “Se você está na graduação, recomendo fortemente participar de um grande evento da área, como este promovido pela Associação Brasileira de Química, que já está em sua 63ª edição. Se não puder vir este ano, venha no próximo. É uma oportunidade de entender os novos cenários da Química”, encorajou.

Olimpíadas de Química
À noite, o Congresso celebrou os resultados do Programa Nacional de Olimpíadas de Química (PNOQ) com a entrega de medalhas das competições: Olimpíada Nacional Feminina de Química (Quimeninas), Olimpíada Norte-Nordeste de Química (ONNeQ), Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) e Olimpíada Brasileira do Ensino Superior de Química (OBESQ). O PNOQ, criado em 1995 e ativo há quase 30 anos, visa identificar talentos para a Química, promovendo o engajamento científico de jovens e selecionando estudantes para olimpíadas internacionais.

A vice-presidente do Conselho Regional de Química da 6ª Região (CRQ VI – Pará e Amapá) e coordenadora do projeto Quimeninas, Patrícia da Luz, celebrou a premiação das jovens participantes. “A alegria das meninas recebendo suas medalhas é inspiradora e mostra que nosso trabalho está gerando impacto, proporcionando mais autonomia e confiança para que elas atuem na área da Química.”

O presidente do Conselho Federal de Química (CFQ), José de Ribamar Oliveira Filho, também participou da premiação. Em sua fala, ele reforçou a importância de eventos como este para fortalecer a Química e sua relevância para a sociedade. “A Química é uma Ciência central e essencial para o desenvolvimento de outras áreas. Lutamos para desmistificar essa Ciência e mostrar o quanto ela é fundamental para o dia a dia”, enfatizou.

Também presente na cerimônia, o presidente de honra e idealizador do PNOQ, professor Sérgio Maia Melo, ressaltou o crescimento da Olimpíada e o destaque internacional de seus participantes. “No ano passado, levamos 86 estudantes para competições internacionais, enfrentando países tradicionais como a China e conquistando medalhas importantes. É gratificante ver nossos estudantes brilhando e trazendo resultados”, destacou.

Medalhista
Uma das premiadas da noite, Ana Julia Mota, de apenas 16 anos, emocionou a todos ao compartilhar sua jornada de superação ao ganhar as medalhas.

“Para mim, é muito emocionante estar aqui recebendo minha medalha de ouro na Olimpíada Nacional Feminina de Química, porque comecei muito cedo, desde o oitavo ano, mas nunca imaginei conquistar algo tão grande. Essa medalha não é apenas um pedaço de metal, ela representa muitos anos de estudo, tentativas e superação. Esse prêmio é a recompensa por todo o meu esforço”, declarou a estudante.

Entre os presentes na solenidade estavam os conselheiros federais Suely Abrahão Schuh, Ana Maria Biriba, Wilson Botter, Rodrigo Alan Moura, Jonas Comin, Silvana Calado, Djalma Nunes, a ouvidora-geral do CFQ, Ana Elisa Barreto, e a analista de comunicação Raquel Gomide.

CBQ
O Congresso Brasileiro de Química é um evento anual que tem como objetivo promover o estudo, a disseminação e o avanço do conhecimento na área, reunindo a comunidade química de diferentes estados do Brasil. Durante este 63º encontro, são realizados cursos, palestras, mesas redondas e a apresentação de trabalhos de pesquisa. Esta edição ocorre no período de 5 a 8 de novembro, em Salvador (BA).

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/segundo-dia-do-63o-cbq-destaca-palestras-e-celebracao-das-olimpiadas-de-quimica/

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