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Sistema CFQ/CRQs esclarece dúvidas sobre contaminação alimentar por arsênio

O Sistema CFQ/CRQs informa sobre as características, riscos e prevenção relacionados ao arsênio, substância encontrada em um recente caso de contaminação alimentar que levou a óbito três pessoas, em Torres, no Rio Grande do Sul. A substância foi identificada no sangue de sobreviventes e vítimas que comeram um bolo durante uma confraternização familiar. Importância de adoção de medidas para garantir segurança é reforçada pela autarquia.

De acordo com a literatura, o arsênio é um elemento químico não essencial ao organismo humano e altamente tóxico em sua forma inorgânica. Também, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), devido à elevada toxicidade, é uma das substâncias mais preocupantes para a saúde global.

Sua toxicidade está associada à inativação de enzimas essenciais, interferindo na produção de energia celular e na reparação do DNA. A dose letal média é de 0,07 gramas por kg de peso corporal. No Brasil, a presença de arsênio em alimentos é regulada por limites seguros. Para alimentos à base de cereais infantis, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece um limite máximo tolerado de 0,15 miligramas por kg.

O arsênio pode ser absorvido pelas plantas a partir de fertilizantes e defensivos agrícolas. No entanto, ingredientes vencidos não sofrem transformações químicas capazes de gerar arsênio. Contudo, a utilização de produtos dentro do prazo de validade é fundamental para evitar riscos adicionais.

Alimentos
O Sistema ainda explica que, compostos contendo a substância, como o herbicida MSMA, são permitidos no Brasil para algumas culturas, incluindo a cana-de-açúcar, com um limite máximo de resíduo de 0,01 miligramas por kg. Contaminações acima desse limite  podem estar associadas a desvios ou acidentes durante a aplicação.

Além disso, contaminações podem ter origem na própria água utilizada na irrigação, decorrentes de uso excessivo de defensivos agrícolas ou falhas no transporte desses produtos. O limite máximo permitido para arsênio na água potável é de 0,01 miligramas por litro, conforme regulamentação do Ministério da Saúde.

Sinais de intoxicação e medidas de prevenção
Os sintomas iniciais de intoxicação aguda por arsênio incluem vômitos, dores abdominais e diarreia, frequentemente acompanhada de sangramento. Esses sinais exigem atenção médica imediata.
Para evitar contaminações cruzadas, a indústria alimentícia adota protocolos rigorosos de Boas Práticas de Fabricação, que incluem monitoramento constante da qualidade dos ingredientes e verificação de contaminantes.

O Sistema desempenha um papel crucial na fiscalização dessas práticas e na garantia de que profissionais habilitados estejam à frente do controle químico de qualidade. A instituição reforça seu compromisso com a sociedade, atuando para prevenir riscos e garantir a segurança dos alimentos consumidos pela população. A colaboração da ciência Química em toda a cadeia produtiva, desde o cultivo até a fiscalização, é essencial para assegurar que os padrões de segurança sejam cumpridos e a saúde pública preservada.

Sistema CFQ/CRQs
O Sistema CFQ/CRQs é composto pelo Conselho Federal de Química (CFQ) e pelos 21 Conselhos Regionais de Química (CRQs), responsáveis pela regulamentação e fiscalização do exercício da profissão de químico no Brasil. O Sistema visa garantir a segurança ambiental, a saúde pública e a qualidade das atividades desenvolvidas na área da Química em todo o país.

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/sistema-cfq-crqs-esclarece-duvidas-sobre-contaminacao-alimentar-por-arsenio/

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