Institucional
Notícias

Papa Francisco, o argentino que uniu fé e ciência, morre aos 88 anos

Morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, o Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, primeiro pontífice latino-americano da história da Igreja Católica. Argentino de Buenos Aires, Francisco entrou para a história não apenas por sua atuação pastoral marcada pela simplicidade, compaixão e defesa dos pobres, mas também por uma formação pouco comum entre os líderes da Igreja: a de técnico químico.

Antes de ingressar no seminário e se ordenar sacerdote, Bergoglio formou-se em química pelo Instituto Técnico Industrial nº 12, em Flores, bairro operário da capital argentina. A escolha pelo curso técnico foi motivada, segundo registros biográficos, por seu interesse precoce pela ciência e pelo desejo de entender o funcionamento da natureza. Durante um breve período, chegou a trabalhar em um laboratório químico, experiência que, mais tarde, ele próprio diria ter sido fundamental para desenvolver disciplina, atenção aos detalhes e respeito pelo método científico — valores que carregaria consigo ao longo da vida.

Em 2016, o Conselho Regional de Química de Minas Gerais (CRQMG) prestou uma homenagem a Francisco, reconhecendo sua formação na área e destacando o valor simbólico de um papa com raízes na ciência. Em resposta, o pontífice enviou uma carta cordial à entidade, agradecendo o gesto e ressaltando a importância da ciência e da ética profissional na construção de um mundo mais justo.

O gesto do Papa foi amplamente divulgado na comunidade científica brasileira, sendo interpretado como um raro e importante símbolo da harmonia possível entre fé e razão. Ao longo de seu papado, Francisco reafirmou essa visão em diversas ocasiões, inclusive em sua encíclica Laudato Si’, na qual invocou argumentos científicos para defender o cuidado com o meio ambiente, o combate às mudanças climáticas e o respeito à criação.

O Papa Francisco deixa um legado que transcende fronteiras religiosas, tocando também a comunidade científica. O CRQMG lembra com carinho da ocasião em que foi honrado com uma carta do pontífice, em resposta à homenagem feita à sua formação em química — um gesto que reafirmou a importância da ciência guiada por valores humanos.

A morte de Francisco encerra um dos pontificados mais marcantes do século XXI, pautado pelo diálogo, pela busca de uma Igreja mais aberta e pela aproximação com os desafios do mundo contemporâneo. Seu legado transcende os muros do Vaticano e encontra eco tanto nas catedrais quanto na ciência.


Acesse o link abaixo para ler o documento completo:
https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:VA6C2:be991d66-91eb-46ce-b9b8-6cf0b2eb73a4?viewer%21megaVerb=group-discover???????

Fonte: CRQMG

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

 Rua São Paulo, 409 - 16º Andar - Centro, Belo Horizonte - MG - 30170-902

 (31) 3279-9800 / (31) 3279-9801