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Debate destaca caminhos para a economia circular e seu impacto no contexto amazônico

Durante a participação do Conselho Federal de Química (CFQ) na COP 30, o órgão esteve na Green Zone em um debate que reuniu especialistas nacionais e internacionais para discutir como transformar a economia circular em impacto real e escalável. O encontro, mediado por Fernanda Scur, da Pixera Global, trouxe perspectivas complementares sobre inovação, colaboração intersetorial e o papel estratégico da Química na transição para modelos produtivos regenerativos.

Ao abrir o painel “Catalisando a transição circular: da intenção de sustentabilidade para o impacto escalável”, Fernanda destacou que o mundo avança para um cenário de descarbonização e uso eficiente de recursos, no qual a circularidade se torna essencial. “É preciso romper com o modelo linear e construir cadeias produtivas que regeneram a natureza. A colaboração entre indústria, formuladores de políticas públicas e comunidades é o que viabiliza soluções reais”, afirmou.

O diretor executivo da Pixera Global, o indiano Yash Raj Ranga, reforçou o simbolismo de realizar esse diálogo em Belém, território marcado por desafios, mas também por oportunidades únicas. Para ele, a COP 30 abre espaço para sair da zona de conforto e refletir sobre ação concreta. “Estamos em um bioma fundamental. Precisamos integrar diferentes visões e envolver povos originários, que já possuem soluções próprias. A Química pode liderar essa construção de um ecossistema colaborativo para uma economia justa e regenerativa”, disse.

Sobre a perspectiva europeia, Verena X. enfatizou que inovação e colaboração são indissociáveis. Ela citou a experiência da World Foundation, que trabalha para levar água limpa a mais de 1 bilhão de pessoas na próxima década. A iniciativa avança graças ao diálogo com o setor químico, que permitiu, por exemplo, filtrar antibióticos presentes na água em projetos na Europa. Também destacou a importância de financiar e escalar iniciativas-piloto globais, aprendendo com soluções já bem-sucedidas.

Representando o Sistema CFQ/CRQs, a presidente do Conselho Regional de Química da 6ª Região (AP e PA), Cristiane Costa, ressaltou a contribuição direta dos profissionais da Química para a circularidade. Ela citou projetos que convertem resíduos industriais em novos produtos, como biocatalisadores, biofertilizantes e bioadsorventes, e destacou a integração entre conselhos, universidades e comunidades amazônicas. “Muitos insumos vêm das próprias comunidades tradicionais. Temos exemplos como o carvão ativado de semente de açaí, que hoje leva água potável a ribeirinhos por meio de tecnologias desenvolvidas nas universidades da região”, afirmou.

A presidente Cristiane também lembrou a importância das políticas públicas de incentivo à inovação, como a Lei do Bem, que permite benefícios fiscais a empresas que investem em ciência e tecnologia em parceria com instituições de pesquisa.

Encerrando o painel, Yash reforçou a relevância da cooperação Sul-Sul, tema que vem discutindo com formuladores de políticas nas semanas que antecederam a COP. Segundo ele, países em desenvolvimento compartilham riquezas não apenas materiais, mas culturais e naturais, que podem sustentar novos modelos de circularidade. “Construir pontes entre conhecimento científico, saberes tradicionais e ação prática é o caminho para transformar intenção em realidade”, concluiu.


Clique aqui e reveja o debate:

https://www.youtube.com/watch?v=BjJoxZYGr34&t=8s???????

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/debate-destaca-caminhos-para-a-economia-circular-e-seu-impacto-no-contexto-amazonico/

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