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Estudantes criam protótipo de sacola de mandioca

Alunos de Engenharia Química da UniSul desenvolveram sacolinha que vira adubo.


Alunos de Engenharia Química da UniSul desenvolveram sacolinha que vira adubo. - Publicidade -

Estudantes do primeiro ano do curso de Engenharia Química da UniSul, integrante do Ecossistema Ânima Educação, desenvolveram um protótipo de sacolas biodegradáveis. O material é feito com base de amido retirado de produtos naturais abundantes no país como a cana-de-açúcar, o milho, a batata e a mandioca. Isso torna possível que as sacolinhas possam virar adubo após o descarte.

"Precisávamos criar um projeto de engajamento social e ao mesmo tempo, queríamos empreender, criar algo novo que fosse necessário e uma solução viável para tentar amenizar uma parte do problema do nosso meio ambiente", ressalta, Luiz Fernando Atvars Pereira, um dos estudantes que desenvolveu o projeto.

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Com orientação da professora Francielen Kuball Silva, Doutora em Engenharia Química, o processo de desenvolvimento do protótipo levou cerca de dois meses para chegar ao produto final. Por meio de métodos de pesquisa, os estudantes desenvolveram também um trabalho científico, testando procedimentos experimentais e submetendo as matérias-primas a temperaturas distintas, com intuito de alcançar uma sacola o mais próxima possível das já existentes.

"Percebemos que o problema das sacolas plásticas é que mesmo sendo um material reciclável no Brasil, apenas 1% do plástico descartado é reaproveitado. Também vimos que o nosso país é o 3º maior exportador agrícola do mundo, ou seja, teríamos matéria-prima para desenvolver nosso projeto com cana-de-açúcar, milho, batata e mandioca", destaca Veronica Sheikna Varone Finkler, integrante do grupo.

O desenvolvimento do projeto teve etapas iniciais de pesquisa e discussão sobre problemáticas ambientais. A definição do tema veio com a ideia de minimizar os impactos negativos do descarte inadequado e da superprodução de sacolas plásticas. A partir desse ponto, os alunos buscaram um produto orgânico, que pudesse oferecer uma degradação mais rápida para as sacolas biodegradáveis que seriam desenvolvidas. "Com as pesquisas em mãos, começamos a dar vida ao projeto sustentável de sacolas o mais próximo possível das tradicionais sacolas plásticas, porém que não agredisse o meio ambiente", comenta Veronica.

Entre erros e acertos os estudantes realizaram quatro tentativas na prática. O primeiro teste contou com o amido da batata e os outros com o amido da mandioca. Com os primeiros testes de produção, chegou-se no 4º protótipo, maleável, mais grosso e opaco, um plástico biodegradável produzido com mandioca plantada por um dos estudantes do grupo.

Para a docente, fazer com que os alunos estejam aptos a pensar fora da caixa, com objetivos claros e que possam sanar uma demanda da sociedade é uma maneira eficiente de transformar estudantes em profissionais empreendedores, com capacidades técnicas apuradas e uma visão humana da sociedade sob diferentes aspectos.

"Nos cursos da UniSul buscamos fazer com que os estudantes tragam soluções que de fato impactem na sociedade. A ideia é que o desenvolvimento dos trabalhos não esteja atrelado somente as notas finais, mas, sejam parte fundamental na construção de profissionais comprometidos e cidadãos, atentos não só as demandas do mercado, mas também as necessidades da sociedade", finaliza.

A atividade foi desenvolvida no Componente Curricular Vida & Carreira por Alexandre Luz Correa, Gustavo Stupp Brasil, Leonardo Mendes Da Rosa, Luiz Fernando Atvars Pereira, Michelle Fernandes Pereira, Veronica Sheikna Varone Finkler e Vitor Da Silva Schraiber.

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Fonte:

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

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