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Pesquisa da Unicamp revela substâncias prejudiciais à saúde na água da região de Campinas

Uma pesquisa do Instituto de Química da Unicamp identificou a presença de substâncias prejudiciais à saúde na água distribuída.


Uma pesquisa do Instituto de Química da Unicamp identificou a presença de substâncias prejudiciais à saúde na água distribuída nas regiões de Campinas (SP) e Piracicaba (SP). O resultado sobre o nível de pureza foi divulgado este ano, após coleta de amostras em 2019 em 12 cidades: Americana, Campinas, Cosmopólis, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Monte Mor, Paulínia, Santa Bárbara d'Oeste, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
De acordo com os pesquisadores, a substância N-nitrosodimetilamina (NDMA) foi encontrada em grande concentração em 89% das amostras.
O contaminante, que faz parte da classe nitrosaminas, é formado após o processo de cloração, que acontece durante o tratamento de água. A longo prazo, a NDMA pode aumentar o risco de câncer.
A pesquisa é a primeira do Brasil a estudar sobre compostos desta classe na água. O resultado, publicado este ano, revelou a importância de monitorar a presença das substâncias, uma vez que o consumo diário e prolongado deste e de outros seis produtos encontrados na água gera riscos à saúde.
A pesquisadora Cassiana Montagner, uma das responsáveis pelo estudo, afirmou que é necessário uma mudança no tratamento de água.
"O nosso consumo mudou, e o tratamento continua o mesmo na maioria das cidades brasileiras. Portanto, não é suficiente para remover os contaminantes que chegam aos nossos rios", conclui.
A Sanasa, empresa responsável pelo tratamento de água e esgoto de Campinas (SP), alega que a água está dentro do padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde, que estabelece uma quantidade limite de 100 nanogramas por litro. A empresa também afirma que dentro de dois meses começará novos estudos sobre a concentração de poluentes na água.
As companhias responsáveis pelo abastecimento das outras cidades que tiveram a água analisada informaram que também seguem o padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde e fazem investimentos para garantir a qualidade da água para a população.

Fonte:

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