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Estudantes criam sacola biodegradável que se torna adubo

Cientistas do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos investigaram como se forma a principal enzima envolvida na multiplicação do novo coronavírus.

A maneira como o plástico vêm sendo utilizado é tema de discussões e debates por ambientalistas em todo o mundo, já que o material pode levar mais de um século para se decompor no meio ambiente. O Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. O país também é um dos que menos recicla esse tipo de resíduo, em 2019, foram gerados 11,3 milhões de toneladas de plástico, mas apenas 145 mil são reciclados, cerca de 1,3% de acordo com a WWF Brasil, enquanto a média mundial é de 9%.
Diante do cenário preocupante e da proposta de atividade a ser desenvolvida no Componente Curricular Vida & Carreira, Alexandre Luz Correa, Gustavo Stupp Brasil, Leonardo Mendes Da Rosa, Luiz Fernando Atvars Pereira, Michelle Fernandes Pereira, Veronica Sheikna Varone Finkler e Vitor Da Silva Schraiber, estudantes do primeiro ano do curso de Engenharia Química da UniSul, integrante do Ecossitema Ânima Educação, desenvolveram um protótipo de sacolas biodegradáveis, feitas com base de amido retirado de produtos naturais abundantes no país como a cana-de-açúcar, o milho, a batata e a mandioca, o que faz com que essas sacolas possam virar adubo depois do seu descarte.

"Precisávamos criar um projeto de engajamento social e ao mesmo tempo, queríamos empreender, criar algo novo que fosse necessário e uma solução viável para tentar amenizar uma parte do problema do nosso meio ambiente", ressalta, Luiz Fernando Atvars Pereira, um dos estudantes que desenvolveu o projeto.
Com orientação da professora Francielen Kuball Silva, doutora em Engenharia Química, o processo de desenvolvimento do protótipo levou cerca de dois meses para chegar ao produto final. Por meio de métodos de pesquisa, os estudantes desenvolveram também um trabalho científico, testando procedimentos experimentais e submetendo as matérias-primas a temperaturas distintas, com intuito de alcançar uma sacola o mais próxima possível das já existentes.
"Percebemos que o problema das sacolas plásticas é que mesmo sendo um material reciclável no Brasil, apenas 1% do plástico descartado é reaproveitado. Também vimos que o nosso País é o 3º maior exportador agrícola do mundo, ou seja, teríamos matéria-prima para desenvolver nosso projeto com cana-de-açúcar, milho, batata e mandioca", destaca Veronica Sheikna Varone Finkler, integrante do grupo.
O desenvolvimento do projeto teve etapas iniciais de pesquisa e discussão sobre problemáticas ambientais. A definição do tema veio com a ideia de minimizar os impactos negativos do descarte inadequado e da superprodução de sacolas plásticas.
A partir desse ponto, os alunos buscaram um produto orgânico, que pudesse oferecer uma degradação mais rápida para as sacolas biodegradáveis que seriam desenvolvidas.

"Com as pesquisas em mãos, começamos a dar vida ao projeto sustentável de sacolas o mais próximo possível das tradicionais sacolas plásticas, porém que não agredisse o meio ambiente", comenta Veronica.

Entre erros e acertos os estudantes realizaram quatro tentativas na prática. O primeiro teste contou com o amido da batata e os outros com o amido da mandioca. Com os primeiros testes de produção, chegou-se no 4º protótipo, maleável, mais grosso e opaco, um plástico biodegradável produzido com mandioca plantada por um dos estudantes do grupo.

Fonte:

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