Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará estão desenvolvendo um curativo que estimula a regeneração óssea. O produto destina-se ao uso odontológico, voltado principalmente para procedimentos que envolvam a perda da massa óssea, como no caso de algumas doenças periodontais.

O curativo é o tema da reportagem da semana da Agência UFC, a plataforma de divulgação científica da Universidade. Além de servir como barreira física, o novo produto possui duas características principais: é bioativo (capaz de estimular o crescimento ósseo) e biodegradável (é absorvido pelo próprio organismo). A pesquisa está em fase pré-clínica, com resultados promissores.

A, pesquisadora mostra placa de petri com pequenas pastilhas brancas, os curativos ósseos, em primeiro plano, bem no centro da imagem. Ao fundo, há uma mulher de máscara e jaleco brancos.

No método tradicional, o cirurgião-dentista realiza um enxerto com um osso biocompatível para estimular o crescimento ósseo na região da doença. Em seguida, implanta um curativo para impedir que o tecido da gengiva "invada" o local onde foi feito o enxerto. Após algum tempo da cirurgia, se a regeneração tiver sido bem-sucedida, o paciente é submetido a novo procedimento, desta vez para a retirada do curativo tradicional.

A equipe que desenvolveu o projeto quer simplificar esse procedimento. Segundo a pesquisadora Erika Luz, com esse novo curativo não seria necessário utilizar o osso biocompatível, uma vez que o produto é capaz de estimular o crescimento ósseo. E como o curativo é biodegradável, também não é preciso realizar um segundo procedimento para sua retirada, reduzindo os riscos de infecção.

O projeto fez parte dos estudos de mestrado e doutorado de Erika Luz, com o apoio dos professores Rodrigo Vieira e Fábia Karine Andrade, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFC, e da pesquisadora Morsyleide de Freitas Rosa, da EMBRAPA Agroindústria Tropical. Os testes pré-clínicos estão sendo apoiados pelo Prof. Igor Iuco Castro da Silva, do Curso de Odontologia do Campus de Sobral, e pela Profª Vilma de Lima, da Pós-Graduação em Farmacologia e Odontologia. A íntegra da reportagem, com todos os detalhes, está disponível no site da Agência UFC .

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