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Indústria química participa das discussões da COP-26

A Química como solução para o desenvolvimento sustentável foi tema do “Brazilian Industry Day”.

A Química como solução para o desenvolvimento sustentável foi tema do “Brazilian Industry Day”, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Ministério do Meio Ambiente, durante a 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC – COP-26). O presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Ciro Marino, participou do evento nesta terça-feira (9), dando um panorama do setor.

Na visão do executivo, a indústria química é invisível aos olhos dos consumidores, porém trabalha simultaneamente com outros segmentos, como, por exemplo, na construção civil com fabricação de tubulações e polímeros que trazem conforto térmico e acústico nas edificações. Marino disse que 96% dos segmentos industriais utilizam como fornecedor insumos oriundos da Química.

“Outro setor que também é invisível é o setor agroquímico, com os fertilizantes que melhoram a produtividade das lavouras. Nós também trabalhamos no tratamento de sementes, e também no processo de irrigação e proteção de solo”, acrescentou Marino, que afirmou que com essas medidas o consumo de água no agronegócio pode cair para 60%.

Ainda segundo o executivo, o setor colabora com a indústria automobilística, com projetos para a redução do peso dos veículos, por meio da utilização de carbonatos, que implica no menor consumo de fontes de energia. “A indústria está preparada para trabalhar com motores movidos com células de bateria a hidrogênio. Estamos por trás deste suporte tecnológico”, completou.

De acordo o dirigente da Abiquim, na geração de energia elétrica, usando células fotovoltaicas, também há presença de produtos químicos. “Já na eólica, as pás do gerador são produzidas de resinas químicas. Vernizes e tintas fazem parte da composição final do produto. A Química traz maior eficiência e produtividade, e o setor caminha voluntariamente para a sustentabilidade ambiental”, ressaltou.

Ele lembrou também que o setor químico aderiu aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, assim como a outros mecanismos de governança ambiental, tendo como base novas tecnologias que visam eficiência energética, processos e catalisadores mais eficientes, e matérias-primas renováveis. “O Brasil será líder na Química dos renováveis com a captura de carbono”, profetizou.

Ao encerrar, Ciro Marino afirmou que as mudanças climáticas são um assunto muito sério e que a indústria química avança voluntariamente. “Temos um desafio global, ou será imposto em breve”, alertou.

Para ele, os diálogos globais devem ser permanentes, com uma abordagem ampla, e com compartilhamento de experiências e práticas.

Práticas Sustentáveis

Durante o painel também foram apresentadas algumas iniciativas práticas de sustentabilidade como a fábrica flutuante de açaí, da empresa Bertolini, e que apoia ribeirinhos da região amazônica; da Malibu, uma indústria calçadista instalada no interior do Ceará, e que foca sua produção de chinelos a partir de material reciclado; e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento.

“O objetivo do projeto é o desenvolvimento regional aliado à conservação ambiental. A ideia da balsa é integrar sustentabilidade e economia para o benefício dos ribeirinhos”, disse o assistente da presidência da Bertolini da Amazônia, Fabio Gobeth.

Há 675 painéis solares a bordo da balsa, que navega pelo interior do Estado do Amazonas, usando açaí colhido na floresta e transformando-o em renda para a população local, além da fabricação de gelo, tão importante para homens e mulheres que vivem da pesca.

“Nossa empresa começou em 2003. Começamos a nos organizar pensando sempre em 100% de reciclagem de PVC. Estamos com projetos maiores para 2022. Vamos montar uma empresa de reciclagem em uma escola pública local para que os estudantes aprendam como fazer reciclagem”, disse a diretora da Malibu, Rosana Ribeiro.

Já o head de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, Gonzalo Visedo, lembrou que, em escala global, as emissões do setor de cimento respondem por 7% das emissões do mundo e que no Brasil, este índice é de 2,3%, muito em função de ações implementadas pelo setor. “O Brasil é o menor emissor de CO2 por tonelada de cimento do mundo.”

Fonte:

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