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Regional esclarece diferenças e usos de cosmecêuticos e nutracêuticos

Foi empossada nesta semana a nova diretoria da Associação Brasileira de Química (ABQ).

Você já ouviu falar em cosmecêuticos e nutracêuticos? É bem capaz que você ou alguém próximo esteja fazendo uso de um dos dois ou até de ambos neste momento. Para esclarecer à população acerca deste tema e debater o assunto, o Conselho Regional de Química da 4ª Região (CRQ IV) realizou uma live, nesta quinta-feira (5), para explicar um pouco sobre esse universo.

Participaram como palestrantes Vânia Rodrigues, que é farmacêutica, mestre e doutora em Fármaco e Medicamentos e presidente do conselho da Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC); Camila Estopa, especialista em Nutrição Ortomolecular e Nutracêutica Clínica; e João Alberto Hansen, Químico Industrial e presidente da ABC.

Na transmissão eles falaram sobre as características gerais dos produtos cosméticos, a necessidade de oferecer aos consumidores produtos que atendem às expectativas, ativos de alta tecnologia, e destacaram a importância do uso de nutracêuticos para as funções metabólicas. Também foi abordada as regulações e legislações que regem a área de cosmecêuticos e nutracêuticos.

Os especialistas começaram explicando o que é cada um deles. Hansen contextualizou que o cosmético é um produto geralmente usado para limpar, caracterizado por uma ação mais superficial. Já os cosmecêuticos são cremes, loções, pomadas e outros itens de uso tópico, sempre de uso externo, com ação mais efetiva, e voltados para casos que demandam maior atenção, como acne ou rugas. E o nutracêutico é um tipo de suplemento alimentar que traz na composição compostos bioativos que foram extraídos dos alimentos e que possuem benefícios para o organismo.

O evento permitiu, ainda, uma abordagem sobre os aspectos de mercado, incluindo os procedimentos adotados para comercialização dos produtos, matérias-primas e testes usados para comprovar a eficácia. Os participantes resgataram um breve histórico, e falaram sobre as mudanças e avanços na área, assim como citaram alguns exemplos da legislação em outros países.

As dúvidas de quem assistiu à live também foram respondidas. Questionada sobre a eficácia do colágeno, um nutracêutico muito consumido com a promessa de devolver vitalidade à pele, Camila esclareceu que existem alguns tipos de colágeno que não são absorvidos pelo organismo. “Isso acontece devido ao processo de produção. Hoje existem duas empresas no mundo que são referência na produção dos peptídeos bioativos do colágeno, que têm estudo de eficácia e comprovam a funcionalidade. Então, realmente, aquele colágeno que se compra em casa de produtos naturais, sem certificação, não se sabe como se deu a hidrólise, se foi patenteado.Estes realmente não vão funcionar da forma esperada”, ressaltou.

Quanto às expectativas de consumidores depositadas nos cosméticos, cosmecêuticos e nutracêuticos, Vânia destacou que os resultados esperados não devem depender apenas do uso, mas de um conjunto de fatores, o que é comprovado pela neurociência. “O resultado esperado não vem só do uso de um determinado produto, nem somente da alimentação, mas depende também do que se pensa. Estamos fazendo um trabalho sobre o impacto da maquiagem em mulheres com depressão. E é fantástico ver a neurociência explicando os avanços, que o toque de um produto pós-barba pode deixar um homem mais feliz. Hoje temos como mensurar isso, e é incrível ver o que o conjunto pode fazer”.

Fonte:

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

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