O Marco Legal do Saneamento Básico pode significar uma oportunidade especial para a indústria química nacional.
O Marco Legal do Saneamento Básico pode significar uma oportunidade especial para a indústria química nacional. É o que afirmou o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Ciro Marino, durante a realização da live do Conselho Regional de Química da 3ª Região (CRQ III), no dia 25 de novembro, sobre “Inovação e Química para o Desenvolvimento Sustentável”.
Segundo o executivo da Abiquim, a iniciativa privada vai disponibilizar 1 trilhão de reais com produtos para garantir, por exemplo, rede de esgoto para cerca de 100 milhões de brasileiros, e água potável para 30 milhões de pessoas. “Toda a parte de tubulação, aditivos e dispersantes será produzida pela indústria química”, acrescentou.
Mas, Ciro Marino observa outras oportunidades para o Brasil, saindo da sexta posição que ocupa hoje na indústria química mundial e saltando para o quarto lugar nas próximas décadas.
Segundo o executivo, o setor químico pode apresentar novos produtos e soluções sustentáveis para o mercado da construção civil (aditivos para melhorar a qualidade do concreto e isolamento acústico e térmico) e automobilístico, como carros produzidos a partir de estruturas mais leves. Na agricultura, a Química contribui com sementes mais resistentes e de alto rendimento. E na produção de energia, com a confecção de placas solares e artefatos na geração eólica. Outra solução vinda da Química é a produção de intermediários químicos para a indústria farmacêutica.
A indústria química brasileira fatura, atualmente, US$101,7 bi (dados 2020). Tem uma participação no Produto Interno Bruto (PIB) de 11% e gera 2 milhões de empregos, com salários considerados o dobro da média da indústria de transformação. “Não é um sonho. A química tem um efeito propulsor para a economia do País.”
Conforme explicou Marino, o setor fez um trabalho nas últimas décadas para apresentar soluções e diminuir riscos e gases de efeito estufa (GEE). “O Brasil será líder na química de renováveis, não tenho dúvida disto”, afirmou.
Porém, como relatou o dirigente, o setor químico ainda tem uma lição de casa para fazer com melhorias de processo, utilização de matérias-primas renováveis, eficiência energética e captura de carbono. “A indústria química brasileira tem desempenhado esforços históricos, com investimentos planejados rumo à economia de baixo carbono”, argumentou.
Para o executivo, os entraves para o desenvolvimento de um parque químico eficiente e moderno estão em decisões equivocadas com relação a políticas e incentivos fiscais, além da falta de insumos internos.
Segundo o palestrante, o abatimento do GEE já é aplicado em toda a cadeia produtiva. Outra realidade é o hidrogênio verde que pode ser usado como energético ou na produção da amônia verde (fertilizantes).”A Química é solução para o mundo.” A Abiquim também está contribuindo para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas.
Ao encerrar, Ciro Marino disse que o alcance das metas ambientais exigirá um alinhamento de todas as partes envolvidas: cientistas, governos, organismos multilaterais e a indústria.
Fonte: http://cfq.org.br/noticia/inovacao-e-quimica-para-o-desenvolvimento-sustentavel/
Fonte:
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