A pesquisa científica foi tema do Projeto Inspiração, promovido pelo Conselho Regional de Química da 4ª Região (CRQ IV).
A pesquisa científica foi tema do Projeto Inspiração, promovido pelo Conselho Regional de Química da 4ª Região (CRQ IV), nesta terça-feira (26), à noite, por meio de live no canal do YouTube. O Projeto Inspiração trata-se de uma série de transmissões direcionadas a despertar o interesse dos estudantes da área Química para os diversos segmentos de atuação.
A trajetória profissional da doutora em Química pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pesquisadora associada do Instituto Mackenzie de Pesquisas em Grafeno e Nanotecnologias, Cecilia de Carvalho Castro e Silva, está ligada intimamente à pesquisa científica. “A pesquisa é muito dependente de investimentos e políticas públicas. Este suporte é muito importante para a formação de jovens pesquisadores.
Segundo a pesquisadora, que estuda nanocarbonos e foi bolsista do programa Ciência sem Fronteiras, um país que pesquisa gera riquezas.
Atualmente, Cecília Silva desenvolve biossensores à base de grafeno para detecção precoce do câncer de mama.
Em junho de 2021, a professora foi convidada para lecionar no Instituto Catalão de Nanociência e Nanotecnologia, de Barcelona, na Espanha, onde desenvolveu biossensores elétricos baseados em grafeno para diagnóstico da Covid-19. “A pesquisa também te leva para outros lugares, colaborações internacionais e parcerias. Uma das belezas das pesquisas são as pessoas que conhecemos ao longo do desenvolvimento de um trabalho científico”, completou.
Outra preocupação da pesquisadora é dar visibilidade e promover o trabalho das mulheres na Ciência e no meio acadêmico. “A pesquisa científica também é instrumento de transformação social. A pandemia nos mostrou a importância da pesquisa, do trabalho em grupo e da interdisciplinaridade”, registrou a doutora em Química.
Sobre a sua experiência profissional, a professora revelou que o ato de ensinar é gratificante pelo fato de despertar a formação de novos jovens pesquisadores. “Você ver as pessoas adquirindo conhecimento, maturidade e dependência científica é uma alegria muito grande para outro pesquisador”, concluiu Cecília, em seu depoimento.
O químico Willian Dantas, também formado pela Unicamp, em 2013, falou sobre a sua experiência em técnicas espectroscópicas em análises forenses e fotoquímica. “Antes, eu fiz o curso de Técnico em Química, em Vinhedo, São Paulo. Gostei bastante e resolvi fazer a graduação em Química. E já durante a faculdade comecei a trabalhar com pesquisa”, comentou.
Na área de Quimiometria, Willian trabalhou na combinação das técnicas espectroscópicas com as análises de dados da quimiometria para resolução de problemas na Química Forense, principalmente, em análises e identificação de entorpecentes.
Atualmente, é químico no departamento de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos da Archroma.
Willian também desenvolve produtos voltados para os ramos de papel, têxtil, couro e petróleo, como corantes, branqueadores ópticos, resinas, amaciantes, sequestrantes de H2S, agentes quelantes, dentre outros.
“Tive meu contato com a Química no Ensino Médio, por meio de um professor que me incentivou e inspirou. Então decidi fazer o curso de Técnico em Química, e me apaixonei pela área”, relatou Daiane Batista da Silva, graduada hoje em Química Tecnológica pela Unicamp.
Daiane ingressou, em 2017, na Unicamp por meio do Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (Paais). “Eu vim inteiramente da escola pública e esse programa contribui muito para o meu ingresso numa universidade pública, e ele [Programa] contribui para deixar o ensino superior mais acessível. Sou recém-formada. Me formei no final de 2021”, comentou a jovem, que atua como analista no Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Daiane da Silva é ganhadora do Prêmio CRQ IV 2022 e trabalha no LNNano com nano materiais renováveis, a partir de biomassas, para diferentes aplicações.
Para ela, a pesquisa científica instiga a curiosidade, gerando experiências e aprendizado. “Todo dia, você aprende uma coisa nova, gera resultados e faz sentido”, revelou.
Desde a sua iniciação científica, Daiane estuda a nanocelulose para o desenvolvimento e aplicação em novos produtos. “Busque sua paixão. A Ciência e a Química são muito amplas”, aconselhou Daiane a outros jovens que assistiram os depoimentos.
Assista à live completa em https://www.youtube.com/watch?v=r14wWNbc99A As edições do Projeto Inspiração são realizadas nas últimas terças-feiras de cada mês.
Fonte: https://cfq.org.br/noticia/a-pesquisa-cientifica-como-instrumento-de-transformacao-da-sociedade/
Fonte:
Conselho Regional de Química 2ª Região
Minas Gerais
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