A Abiquim promoveu, no dia 13 de julho, um webinar para discutir a mitigação dos efeitos e impactos dos acidentes rodoviários com produtos químicos.
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) promoveu, no dia 13 de julho, um webinar para discutir a mitigação dos efeitos e impactos dos acidentes rodoviários com produtos químicos. A diretora de Assuntos Técnicos da Abiquim, Andrea Carla Cunha, abriu o evento on-line lembrando os 30 anos do Programa Atuação Responsável e a importância da discussão do tema.
O coordenador da Comissão de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Estado de São Paulo, coronel Gilberto Tardochi da Silva, foi o primeiro a falar, momento em que lembrou que o primeiro trabalho é a prevenção de acidentes. “Cada um dólar investido em prevenção e segurança se reflete em sete dólares em retorno para a sociedade”, argumentou o especialista.
De acordo com o coordenador, considerando o modal de transporte adotado no Brasil, é natural que a movimentação de produtos perigosos seja feita por rodovias e, consequentemente, esta atividade lidere as estatísticas de acidentes.
A comissão, na qual o coronel Tardochi atua, tem como objetivo prevenir a ocorrência de acidentes no transporte rodoviário de produtos perigosos, além de diminuir os impactos causados às pessoas, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrentes de acidentes no transporte rodoviário. Por meio de ações já foram treinados mais de 7 mil condutores e profissionais de segurança em cursos e procedimentos de prevenção e ocorrências. “Em 2021, foi constatado no estado de São Paulo que as avarias mecânicas lideram os acidentes com 40% das ocorrências, e em segundo lugar, são as colisões com 17%. Portanto, a manutenção veicular é muito importante na prevenção de acidentes”, comentou.
Ainda segundo o coordenador, os produtos químicos são os mais transportados (49%) pelas estradas paulistas, seguido dos combustíveis (46%). Para o coronel Tardochi, a prevenção passa por políticas, estratégias e sistemas seguros de vias.
O gerente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Mauro de Souza Teixeira, relatou que o transporte rodoviário lidera as estatísticas das emergências químicas atendidas pela empresa com quase 50%. E os meios mais atingidos são as águas e os solos ao longo das rodovias. “A responsabilidade pela reparação dos danos causados ao meio ambiente é uma responsabilidade solidária”, concluiu o gerente.
Conforme o diretor técnico da Ambipar – grupo mundial que atua em diversos segmentos para oferecer serviços e produtos voltados à gestão ambiental – Jorge Carrasco, o transporte ilegal de químicos nos Estados Unidos são uma grande preocupação para o governo.
Para mitigar esses efeitos e acidentes, o país já adota medidas como a revisão do treinamento de condutores, o procedimento de inspeções, entre outras. Mas, para o diretor o treinamento não é suficiente. “Devem ser certificados as competências técnicas, e as equipes de emergências devem ter equipamentos apropriados para atender os modais de transporte e de todas as classes de risco”, avaliou Jorge Carrasco.
Assista à live completa em https://www.youtube.com/watch?v=qLaIJBzp570
Fonte: https://cfq.org.br/noticia/a-mitigacao-dos-efeitos-e-o-impacto-dos-acidentes-quimicos/
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