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Em comemoração aos 30 anos do Programa AR® no Brasil

Abiquim destaca a química como provedora de soluções sustentáveis.

A 6ª live em comemoração aos 30 anos do Programa de Atuação Responsável® no Brasil, que abordou como a indústria química provê soluções para o desenvolvimento sustentável, contou com a participação ao vivo de aproximadamente 200 profissionais do setor.

Na abertura do evento, Andrea Carla Barreto Cunha, diretora Técnica da Abiquim, lembrou o pioneirismo setorial da indústria química nas questões de saúde, segurança e meio-ambiente, que data de 1984 quando surgiu o Responsible Care, uma iniciativa voluntária das empresas do setor com base no Canadá.

“No Brasil, a Abiquim tem o orgulho de coordenar este Programa desde 1992, capacitando empresas e auxiliando governo e sociedade a desenvolver os mecanismos regulatórios baseados em ciência de ponta”, declarou. “Hoje o Programa de Atuação Responsável® é uma ferramenta de gestão que define um padrão de excelência para indústrias de mais de 70 países.”

Em seguida, a Coordenadora do Grupo de Trabalho de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Abiquim, Juliana Maria da Silva, gerente global de Sustentabilidade da Oxiteno, apresentou a plataforma da Abiquim para compartilhamento de boas práticas ligadas à Agenda 2030. “Este é um dos frutos de um grupo de trabalho criado pela Abiquim para alavancar os ODSs em toda a cadeia produtiva”, explicou. Muitos cases que ilustram o alto grau de inovação do setor, e comprometimento com as metas da Agenda 2030, já estão publicados. “Estamos mostrando como a química contribui em todos os setores para enfrentarmos os imensos desafios que temos para um planeta que logo chegará a 9 bilhões de habitantes.”

O primeiro painelista convidado foi Carlo Pereira, secretário executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, da qual a Abiquim faz parte desde 2014. Ele fez uma palestra otimista em que mostrou como a Rede Brasileira do Pacto Global tem crescido mais que em outros países. “Este ano trouxemos mais do que o dobro de novos membros do que a França, o segundo país que mais cresceu”, contou.

Pereira exibiu um filme promocional provocativo, em que é feita uma propaganda dos “benefícios” que o planeta Marte ofereceria para as empresas. “Localizado a apenas 277 milhões de km da Terra, Marte é um planeta que oferece condições ideais para empresas que buscam um destino com regras mais flexíveis e livre de tantas obrigatoriedades com relação à sustentabilidade... Um verdadeiro paraíso socioambiental, com bilhões de metros quadrados disponíveis para construção de fábricas e prédios corporativos, e vantagens competitivas que você não encontra em nenhum outro lugar do universo”, diz a locução do vídeo que arremata com a questão: “Não é mais fácil mudar o nosso?”

Um dos destaques da apresentação de Anna Paula Dacar, COO da Oxiteno, foi um case que a empresa vem trabalhando e que endereça diretamente o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de número 5 (igualdade de gênero) e 10 (redução das desigualdades). Denonimado Together, o programa da Oxiteno tem múltiplas ações que, alinhadas à estratégia de sustentabilidade da companhia, ajuda a criar cada vez mais uma empresa acolhedora, que valoriza o respeito, a ética e a igualdade de oportunidades para todos. Por meio do Together, segundo Dacar, foi possível desenvolver 4 grupos de trabalho na companhia – o grupo de gênero mulheres, raça e etnia, pessoas com deficiência e o grupo LGBTQIA+. “Além do desenvolvimento de planos de ação de cada grupo para aprimorar o ambiente de trabalho para um espaço mais inclusivo, a Oxiteno celebra a diversidade com vários eventos em datas comemorativas.”.

A segunda painelista relacionou também a contratação de uma tradutora virtual de língua brasileira de sinais e de consultoras especializadas na admissão de pessoas com deficiência e parcerias existentes na contratação de colaboradores diversos, além do movimento ‘Elas lideram 2030’, compromisso assinado com o Pacto Global da ONU, em que a Oxiteno estabeleceu uma meta que até 2030, a empresa vai alcançar 50% da sua alta liderança composta por mulheres. “Em 2021, éramos 34% da liderança. Neste ano, este percentual subiu para 41%”, comemorou.

Como parte dos reconhecimentos trazidos pelo Together, Dacar citou ainda o Selo de Diversidade Étnico Racial, concedido pela Prefeitura de Salvador a empresas que fomentam e buscam iniciativas para evolução nesse tema, e o Selo Paulista de Diversidade, que tem por objetivo estimular organizações privadas, sociedade civil, a inserir a diversidade na gestão de recursos humanos.

No que tange a meio ambiente, a terceira painelista e Presidente do Grupo Solvay na América Latina, Daniela Manique, contou que o site da Rhodia Solvay em Paulínia, interior de São Paulo, vem se tornando um verdadeiro complexo de biodiversidade. Fruto de um projeto de reflorestamento no sentido de recuperar toda vegetação original, sobretudo a mata que margeia os rios que cortam o complexo industrial, capivaras, onças, cobras e tucanos são algumas das 85 espécies de animais que habitam hoje a área de aproximadamente 150 hectares e que conta com um biólogo responsável no acompanhamento das atividades de biodiversidade do site. E foi justamente esse cuidado com o meio ambiente que trouxe um reconhecimento – o selo ouro do WHC (Wildlife Habitat Council) que baseia sua certificação às boas práticas em sustentabilidade nos pilares habitat, espécies e educação.

Após detalhar outros projetos da Rhodia Solvay, Manique antecipou uma novidade da empresa. Assim como desenvolveram em 2020 um fio de poliamida com a tecnologia Amni® Vírus-Bac OFF, que inativa vírus e bactérias e que foi muito utilizada em máscaras no combate à Covid-19, agora estão dando um passo além. “Trata-se de um fio para ser usado em tecido com as mesmas características, ou seja, além de impedir que a peça de roupa seja um meio de propagação do vírus, eliminar bactérias e ter efeito permanente mesmo após inúmeras lavagens, ele terá uma matéria prima bio-renovável.”

Dentro do contexto tecnologia e inovação, o quarto painelista e CEO da Braskem, Roberto Lopes Pontes Simões, destacou o foco da companhia no investimento em produtos de origem renovável, ressaltando que hoje a Braskem é o maior produtor mundial de biopolímeros com o polietileno vindo da cana de açúcar. “Esse ano vamos concluir a ampliação da nossa unidade de polietileno verde no Rio Grande do Sul, e assim atingir a capacidade de 260 mil toneladas. Este tipo de produto, inclusive, remove uma quantidade importantíssima de CO2 da atmosfera”, explicou.

O investimento em inovação e tecnologia da Braskem, continuou Simões, visa ainda desenvolver alguns outros produtos renováveis, como por exemplo, o projeto que a empresa tem para introduzir o MEG Verde (matéria prima do PET), vindo também do açúcar, mas não necessariamente da cana. “É um projeto que ainda não está definido onde será implementado, mas está muito avançado. Temos uma planta-piloto operando normalmente”, afirmou o CEO, complementando também que o movimento da Braskem nesta área é otimizar o CO2 como fonte de matéria-prima.

“Nesse sentido, estamos desenvolvendo parcerias diversas. São universidades ao redor do mundo, centros de pesquisa e até com alguns dos nossos concorrentes, porque eu não tenho dúvida: para atingirmos nossos objetivos sustentáveis em prol do planeta, vamos ter de trabalhar com toda cadeia, ou seja, concorrentes, fornecedores, clientes, academia, startups. Caso contrário não conseguiremos vencer esse desafio, na velocidade e na forma como a sociedade espera das empresas produtoras, tanto químicas, como de plásticos”, finalizou.

Como desfecho do webinar, Juliana Maria da Silva conduziu um debate entre os painelistas e público, destacando os principais desafios e ganhos provenientes da decisão de implementação de uma estratégia organizacional focada na contribuição aos ODS e reiterando o papel importante da indústria química para alavancar a Agenda 2030, ilustrada brilhantemente pelos exemplos dos convidados participantes.

Fonte: https://abiquim.org.br/comunicacao/noticia/10327

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