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4ª edição do QuimTec atrai centenas de pessoas

Como funciona uma estação de tratamento de Água e quais os parâmetros para levar um produto de qualidade para a casa das pessoas?

Como funciona uma estação de tratamento de Água e quais os parâmetros para levar um produto de qualidade para a casa das pessoas? Essas e outras questões foram respondidas pela supervisora do Laboratório de Material de Tratamento do Departamento de Controle da Qualidade dos Produtos Água e Esgoto, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dra. Danielle Polidorio, na noite desta quarta-feira (17), durante a realização da 4ª edição do QuimTec. 

O QuimTec é uma iniciativa do CFQ que visa auxiliar profissionais técnicos da área da Química na gestão de seus negócios e carreiras. O evento contou com a presença virtual de mais de 800 participantes.

A conselheira federal do CFQ, a Me. Raquel Fiori, foi a mediadora do evento. Em sua fala inicial, Raquel ressaltou como é importante que a comunidade saiba como se dá o percurso da água até chegar nas torneiras das casas dos consumidores. 

Danielle Polidorio, por sua vez, apontou que o saneamento básico contempla a água, o esgoto, os resíduos sólidos e a drenagem. “Aí, a gente já percebe um mundo de oportunidades para os Profissionais da Química.”

A supervisora da Sabesp disse que tudo se inicia com a captação da água nos mananciais e rios. “Captamos essa água, que vai para uma estação de tratamento e que depois é distribuída para a população, que vai utilizar essa água e gerar esgoto e retorna para uma outra estação de tratamento. E o esgoto tratado é despejado num corpo hídrico adequado. Em cada etapa tem uma vasta oportunidade para frentes de trabalho, tanto para técnicos, como para químicos, e para engenheiros químicos também”, contou. 

De acordo com a palestrante, em cada etapa há uma série de ensaios químicos envolvidos neste processo de tratamento da água. “Enquanto técnica analítica, eu sempre visualizo essa questão do monitoramento da qualidade dessa água e dentro dos padrões de potabilidade até chegar na torneira.”

As águas captadas podem ser superficiais ou subterrâneas. Elas possuem diferenças, pois as superficiais sofrem alterações climáticas, materiais e vegetação, por exemplo. “Quem vai dar os parâmetros de monitoramento da qualidade dessa água é o Conana 357 [Resolução nº 357/2005 e suas alterações, do Conselho Nacional do Meio Ambiente]”, disse Danielle. 

Sobre o padrão de potabilidade da água, Danielle completou que as normas são estabelecidas pela Portaria de Consolidação nª 5, de setembro de 2017, anexo XX, e suas atualizações subsequentes. 

“Mas, que água está chegando na minha ETA?”, indagou Danielle. Os principais parâmetros físicos observados na Estação de Tratamento de Água (ETA) são temperatura, cor e turbidez. Em relação aos parâmetros químicos existem o PH e a alcalinidade. 

Após conhecer os parâmetros básicos da água bruta é hora de adicionar os produtos químicos: adição de coagulantes, por exemplo. Em seguida ocorrem as fases de floculação, decantação e filtragem, que é feita por carvão, areia e fechos. 

Na saída da ETA, ainda são coletadas várias amostras de água sobre o PH e temperatura, entre outros.  

Experiências profissionais

Após a palestra da supervisora, foi a vez de assistir os depoimentos de Profissionais da Química com larga experiência e conhecimento. O primeiro a falar foi o conselheiro do Conselho Regional de Química da 5ª Região (CRQ V – Rio Grande do Sul), Mauro Ibias Costa. 

No CRQ V, Mauro Ibias Costa também exerce o cargo de chefe do Departamento de Fiscalização. 

Mauro contou que iniciou sua trajetória profissional como Técnico em Refrigeração e Ar-Condicionado pelo Colégio Técnico Industrial, pela Fundação Universidade do Rio Grande. Nesta área atuou por longo tempo em grandes empresas do setor. 

O conselheiro também apresentou um cenário local, onde cerca de 11.500 pessoas estão envolvidas na área de abastecimento de água. “O técnico em Química está capacitado para operar em uma ETA ou estação de tratamento de esgoto, verificando a qualidade da água”, registrou Mauro Costa.

Em seguida foi a vez do bacharel em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e funcionário da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), onde atua no controle de qualidade da água e esgoto, Maurício Costa Rogério de Castro.

O também técnico em Química foi um dos vencedores do prêmio Copathon 2022, promovido pela Copasa, com um projeto sobre “Modificação da Metodologia de Análise de Fluoreto por Spadns”.

O terceiro e último a se apresentar foi o professor Demetrius Pereira Morilla, do Instituto Federal de Alagoas, nos cursos Técnicos e Licenciatura em Química. Demetrius também é conselheiro do Conselho Regional de Química da 17ª Região (CRQ XVII – Alagoas), e dentro da instituição de ensino desenvolve em grupo um trabalho de pesquisa sobre a qualidade da água de poços, rios e mananciais utilizados por comunidades carentes. 

Assista à palestra completa em https://www.youtube.com/watch?v=z0-gttl2Vbw

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/4a-edicao-do-quimtec-atrai-centenas-de-pessoas/

Fonte:

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

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