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CRQ IV promove palestra sobre acidentes nucleares

O tema “Acidentes Nucleares” foi tema na noite de quinta-feira (15) de uma live CRQ IV.

O tema “Acidentes Nucleares” foi tema na noite de quinta-feira (15) de uma live do Conselho Regional de Química da 4ª Região (CRQ IV). “A energia nuclear é extremamente importante e segura”, garantiu já no início do evento on-line, Carlos Alberto Zeituni, engenheiro químico e gerente do Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), órgão ligado à Comissão Nacional de Energia Nuclear, do governo federal. 

Para complementar a sua defesa por esta fonte de energia, o profissional citou a famosa frase do ex-diretor do Greenpeace, Patrick Moore: “A energia nuclear é a mais segura de todas as tecnologias de eletricidade que temos”.

Segundo o engenheiro químico, os acidentes que aconteceram nas usinas nucleares de Chernobyl, na Ucrânia, em abril de 1986, e de Fukushima, no Japão, em março de 2011, não se repetiram mais pelo mundo. “Havia erros de projetos. Eu defendo minha área não só porque, eu trabalho nela, mas porque é a mais segura e com menos probabilidade de dar problemas no futuro para a humanidade”, relatou.

Para Carlos Zeituni, os motivos do acidente, principalmente, em Chernobyl, foram causados por conta dos materiais absorvedores e moderadores, que eram antigos. Todo reator nuclear é uma máquina que exige controle de resfriamento e blindagens. 

Em relação a situação atual com a guerra na Ucrânia, Zeituni garantiu, durante a live, que as tropas russas e ucranianas estão respeitando a segurança da usina nuclear de Zaporíjia.

Sobre os reatores nucleares das usinas em Angra dos Reis, o químico disse que eles estão protegidos porque o gerador de vapor está contido. “Se houver uma falha, o material contaminado está contido, dentro da blindagem”, explicou.

Zeituni acrescentou que, para manter os custos baixos do projeto nos casos da Rússia e do Japão, não existiam a blindagem externa. “Hoje, mais de 50% do custo de construção de um reator nuclear está ligado a parâmetros de segurança. É caro de construir porque tenho que ter fatores redundantes. Então, a chance de acontecer um acidente nuclear no reator bem construído é próximo a zero. Hoje, qualquer coisa que saia dos parâmetros normais de operação, o reator se autodesliga”, afirmou o engenheiro químico. 

No acidente na Central Nuclear de Fukushima, no Japão, a devastação causada pelo tsunami tornou completamente inoperantes os geradores a óleo diesel que forneciam energia elétrica e que acionavam o bombeamento de água nos circuitos de refrigeração de emergência.

Ao concluir a palestra, Zeituni, que também é membro da Comissão Técnica de Energia do CRQ IV, tranquilizou que nas usinas 1 e 2 de Angra, existem sete barreiras de segurança para evitar que a radiação nuclear chegue ao meio ambiente. “Se um avião colidir com a barreira, não há rompimento”, avaliou.

Assista a live completa em https://www.youtube.com/watch?v=-4j1Ghpovm8

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/crq-iv-promove-palestra-sobre-acidentes-nucleares/

Fonte:

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