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Rio Oil & Gas: descarbonização oferece oportunidades ao Brasil, mas demanda regulação em energias renováveis

Dentro da programação da Rio Oil & Gas 2022, maior evento brasileiro no segmento da exploração de petróleo e derivados.

Dentro da programação da Rio Oil & Gas 2022, maior evento brasileiro no segmento da exploração de petróleo e derivados, ocorreu na manhã desta terça-feira (27/9) um importante debate tratando das perspectivas para o Brasil por conta da transição energética.

Participaram do painel “Custos e oportunidades sociais na descarbonização” os debatedores Fernanda Delgado (IBP), Rodrigo Villanova (Galp), Elbia Gannoum (ABEEólica), Flavio Rodrigues (Shell) e Raquel Coutinho (Petrobras).

Villanova destacou que a Guerra da Ucrânia repôs a segurança de suprimentos no topo da agenda mundial de energia, embora as premências de transição energética, com os parâmetros estabelecidos pelo Acordo de Paris, não cedam. Ele, porém, enxerga as contendas bélicas da Europa como um elemento a mais na busca da diversificação das matrizes energéticas, o que coloca o Brasil mais uma vez em posição privilegiada.

Raquel tratou de deixar claro que qualquer ideia de transição energética efetiva precisa não buscar a eliminação dos hidrocarbonetos de um modo geral, mas sim buscar aqueles que são mais eficientes. No futuro, ela acredita, o mundo fará sim diferenciação entre o caráter poluente na cadeia de produção de cada reservatório de petróleo. O Brasil, mais uma vez, sairia beneficiado porque o óleo extraído no país está entre os que possuem mais baixa emissão de CO2 em sua prospecção.

“Que petróleo será esse que vai ter espaço na matriz energética pós transição? São óleos produzidos com altíssimo padrão de excelência. No futuro os mercados terão mecanismos para reconhecer quais são as emissões envolvidas em cada fonte de petróleo e beneficiar aquelas menos poluentes”, afirma a representante da Petrobras.

Rodrigues, no entanto, afirmou que a Shell já trabalha direcionada para a transição em suas operações no Brasil, o que inclui biocombustíveis, energia solar e outras formas de obtenção. Ele igualmente salientou que o Brasil possui potencial em praticamente todas as matrizes energéticas, mesmo naquelas que estão em estágio bastante inicial, como o hidrogênio verde – mas fez um alerta.

“É importante que avancemos na regulação da voltada às energias renováveis. Podemos dizer que nesse quesito o Brasil está três passos atrás”, afirmou o executivo da Shell.

Elbia trouxe um relato sobre o impacto social da energia eólica no país. Ela destacou que a descarbonização é uma oportunidade para mudar o mapa do desenvolvimento de diversas regiões do Brasil.

“No Brasil, a maior parte da exploração da energia eólica está situada no Nordeste e no Sul. O impacto efetivo no Nordeste é um dos temas de que mais gosto de falar. 80% das operações hoje estão no Nordeste, região que reúne as melhores condições inshore. De 2010 a 2020, PIB dessas regiões cresceu 21%, com a chegada dos parques eólicos. Cada 1 real que investimos em energia éolica, devolve R$ 2,90 pro PIB. Os planetas estão alinhados, não podemos perder essa oportunidade”, afirmou.

Sistema CFQ/CRQs na Rio Oil & Gas

O Sistema CFQ/CRQs participa da Rio Oil & Gas 2022 na condição de expositor, com um estande compartilhado entre o Conselho Federal de Química (CFQ) e o Conselho Regional de Química da 3ª Região (CRQ III – Rio de Janeiro). 

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/rio-oil-gas-descarbonizacao-oferece-oportunidades-ao-brasil-mas-demanda-regulacao-em-energias-renovaveis/

Fonte:

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

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