Como vender sua ideia para os tomadores de decisão de forma rápida e consistente foi o tema do painel digital “Pitch de elevador”, promovido no dia 31 de outubro pelo Conselho Federal de Química (CFQ), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O evento é parte da Segunda Jornada do Profissional da Química Empreendedor (PQE), iniciativa das entidades para capacitar estudantes e profissionais do setor por meio de cursos on-line voltados para o empreendedorismo.

A abertura do painel contou com a participação do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (SETEC/MEC), Tomás Dias Sant’Ana, que falou da importância da educação profissional e tecnológica, especialmente o ensino técnico para quem quer empreender na Química. “Uma formação empreendedora é fundamental para todos que estão se formando no ensino técnico, e o SEBRAE e CFQ são bastante engajados nesse objetivo.”

A palestrante convidada para o painel digital foi a analista do SharkTank Brasil, Laura Gurgel. Ela contou que o mundo das startups trouxe um novo vocabulário no mercado, mas que “pitch” nada mais é do que o empreendedor vender o seu projeto, produto, negócio ou serviço contando uma história em um curto espaço de tempo. “É fazer essa apresentação de maneira simples e rápida, como uma conversa na subida ou descida de elevador. Para isso, é necessário muita observação para saber como comunicar bem, traduzindo temas complexos de maneira simples”, disse.

Segundo Laura, há uma mística de que o pitch é um “feitiço” que os empreendedores lançam em potenciais investidores, com fórmula secreta, mas que, na verdade, é sobre como determinado problema ou oportunidade é pensada ou desenvolvida, e como as pessoas podem apoiar esse processo.

“Do ponto de vista de estrutura, o pitch deve começar do jeito mais simples possível, pois é um discurso curto, um relacionamento breve, sem grandes fórmulas de apresentação, contendo apenas contextos simples que facilitem o entendimento das pessoas”, explicou.

Nesse contexto, a analista destacou que é importante prestar atenção na percepção que está sendo tratada na apresentação. “Quando estamos falando de um problema, estamos falando sob a nossa ótica ou a do cliente, e nem sempre esse problema dói da mesma forma em outras pessoas. Então, para além de explicar de maneira simples, é necessário girar essa ótica e mostrar sob outros ângulos para facilitar o entendimento.”

Do ponto de vista de empreendedorismo na Química, Laura lembrou que é uma área muito rica, com bastante espaço para criação em pesquisa e desenvolvimento. “Principalmente sob a ótica da Ciência e mesmo havendo muitos concorrentes, o pitch, com certeza, ajuda o empreendedor a se colocar de maneira positiva para o cliente.”

Um fator importante recomendado pela analista é que o empreendedor saiba se vender sem a necessidade de diminuir o seu concorrente. “Não é errado falar do concorrente, mas é errado falar mal dele. Você deve mostrar por que é melhor que ele e se colocar como a melhor opção em trazer soluções, gerando um impacto positivo para quem está envolvido. O cliente precisa entender como se configura seu negócio, serviço ou produto como proposta de valor. Além do dinheiro, o empreendedor pode ganhar com indicações, conexões, suporte, conhecimento de outras áreas e trazer mais valor e oportunidades para aquilo que ele está desenvolvendo.”

Apresentadora do painel, a coordenadora de comunicação do CFQ, Jordana Saldanha, ressaltou que o empreendedorismo gira o motor da economia e que o CFQ está antenado para a necessidade de fomentar esse mercado entre os estudantes e Profissionais da Química.

Veja a live na íntegra https://www.youtube.com/watch?v=zYtKp_4YAJQ 

Fonte: https://cfq.org.br/noticia/cfq-e-sebrae-promovem-painel-com-dicas-sobre-como-empreender-na-area-da-quimica/