A pesquisadora brasileira Juliane Pereira dos Santos foi a grande vencedora da segunda edição do Prêmio Mulheres Latino-Americanas na Química.
A pesquisadora brasileira Juliane Pereira dos Santos foi a grande vencedora da segunda edição do Prêmio Mulheres Latino-Americanas na Química. A premiação celebra a igualdade de gênero na Ciência e as contribuições na Química pelo avanço na pesquisa na América Latina.
Juliane venceu o prêmio na categoria Líder na Indústria. Ela contribuiu com o lançamento de 12 produtos inovadores entre os anos de 2011 e 2022 na Oxiteno, elevando o patamar de tecnologia no mercado latino-americano de tintas. A pesquisadora também se destaca por contribuir com inovações que impactam positivamente a sociedade e o ambiente.
“Estou muito emocionada por receber essa premiação. Sou aluna de escola pública no Brasil, tive grandes mestres e uma família que sempre me incentivou a estudar, então sou muito grata por todo esse ambiente que me favoreceu. É muito importante a gente ter esse ambiente diverso e as mulheres têm um potencial muito grande, mas que, muitas vezes, se sentem inibidas. Ter um ambiente onde as mulheres se sentem seguras em emitir suas opiniões é muito importante para que elas se sintam estimuladas a investir na carreira científica”.
Ainda na categoria Líder na Indústria, foi entregue uma menção honrosa para a consultora técnica da Petrobras Márcia Cristina Khalil de Oliveira.
Já na categoria Líder na Academia, a vencedora foi a professora Elena Stashenko, da Universidade Industrial de Santander, na Colômbia. A categoria reconhece importantes contribuições para o impacto global e social da pesquisa científica em Química.
Elena é diretora científica do Bio-Challenge XXI 15:50, uma rede de pesquisa de 15 projetos dedicados ao desenvolvimento de produtos para as indústrias cosmética, alimentícia, farmacêutica e de higiene baseados em ingredientes naturais isolados e caracterizados como parte do estudo de biodiversidade colombiana. A professora também foi apontada pela revista Analytical Scientist como uma das cientistas mais influentes do mundo.
“Muito importante reconhecimentos desse porte. Esse prêmio não é somente para mim, mas para todas as estudantes, colegas e todas as mulheres que se esforçam em trabalhar na Ciência”.
Na mesma categoria, ainda foi contemplada com uma menção honrosa a professora do Departamento de Química da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) Lena Ruiz Azuara.
Já na categoria Líder Emergente o prêmio foi para Mônica Lizeth Chávez González, da Universidad Autónoma de Coahuila, México. Ela se destacou por sua atuação na promoção do Bioprocessamento não só para o México e América Latina, mas em nível global, além de contribuir na formação de novos pesquisadores em seu país. Mónica é uma das fundadoras do grupo de Bioprocessamento mais importante do México e atual coordenadora-geral e fundadora da Rede de Cooperação em Bioprocessamento MX – LATAM.
A menção honrosa nesta categoria foi para a brasileira Ana Paula de Carvalho Teixeira, professora do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O evento de premiação ainda contou com a participação da Física Márcia Barbosa, considerada pela revista Forbes uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil, citada pela Organização das Nações Unidas como uma das sete cientistas que moldam o mundo, membro titular da Academia Brasileira de Ciências e Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico. “Essas premiações ressaltam carreiras de mulheres maravilhosas e hoje nós vimos meninas vindas da escola pública que conseguiram ter uma carreira”, disse.
O presidente da Federação Latino-Americana de Química (FLAQ), Jorge Messeder, destacou que a premiação tem incentivado países da América Latina a difundirem maior participação das mulheres na Ciência. “Como brasileiro, nós devemos fazer com que isso seja extremamente difundido no Brasil, até chegar o momento em que não precisaremos mais de premiações desse tipo, porque chegaremos ao equilíbrio de gênero e de diversidade na Ciência”.
Prêmio Mulheres Latino-americanas na Química
A premiação visa promover a igualdade de gênero nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática na América latina e destacar o impacto da diversidade na pesquisa científica no campo da Química. É promovida pela American Society of Chemistry e pela Federación Latino-Americana de Associaciones Químicas (FLAQ) e patrocinada pela Associação Brasileira de Química e Chemical & Engineering News – C&EN.
Fonte: https://cfq.org.br/noticia/claq-2022-brasileira-vence-premio-mulheres-latino-americanas-na-quimica/
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