Institucional
Notícias

Produção do segmento de colas, adesivos e selantes cresce 7,5% em 2021

Segundo relatório estatístico do segmento de colas, adesivos e selantes, elaborado pela Diretoria de Economia, Estatística e Competitividade (DEEC) da ABIQUIM, a produção total de produtos do segmento alcançou 256,6 mil toneladas em 2021, volume 7,5% superior ao do ano anterior.

Os produtos que mais influenciaram no aumento desse percentual foram: colas/adesivos base solvente, que representaram 22% do total produzido e registraram crescimento de 17,0% no volume de produção em relação a 2020, especialmente para atendimento dos segmentos de calçados, moveleiro e embalagens. Em seguida, colas/adesivos hot melt, com participação de 15% e crescimento de 14,1%; selantes/mástiques, que apresentaram aumento de 52,1%, embora possuam peso amostral de 7%; e outras colas/adesivos, que possuem 3% do total produzido e exibiram aumento de 18,3%. O que chama a atenção, porém, é o grupo de colas/adesivos base água. Embora tenha maior participação no total produzido (53%), apresentou redução de 1,9% no mesmo período.


Em relação ao total de vendas realizadas, 95% foram destinadas ao mercado interno e 5% ao mercado externo, totalizando um faturamento líquido de R$ 4,06 bilhões em 2021, valor 29,6% superior ao do ano anterior. Em dólares, o faturamento alcançou a cifra de US$ 753,2 milhões. As colas/adesivos base água responderam por 42% desse total, seguidas pelas colas/adesivos base solvente, com 20%, e pelas colas/adesivos hot melt, com 17%.


De acordo com Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim, o desempenho do segmento pode ser considerado positivo, em especial pelos inúmeros desafios relacionados a alterações do perfil de demanda, além de entraves logísticos e de suprimento de insumos no último ano, resultando no aumento, tanto das importações, para suprir o desabastecimento local de matérias-primas, quanto das exportações, na busca de diversificação do atendimento da demanda de outras localidades. “Dentro desse contexto, as colas/adesivos base solvente e selantes/mástiques foram os produtos mais impactados, já que representam parte do mercado de adesivos estruturais e laminados flexíveis”, detalha Ferreira.


Na comparação de 2021 com 2006, ano de início da série histórica, o volume de produção diminuiu 12,7%, recuando a uma taxa negativa de 0,9% ao ano. A diretora da Abiquim explica que algumas mudanças estruturais puderam ser percebidas no segmento de colas, adesivos e selantes ao longo desses 16 anos de observação e que resultaram na queda da produção nesse período. “Essas modificações foram desencadeadas por avanços tecnológicos nos processos produtivos, bem como por substituição de tecnologias dos produtos e introdução de inovações e melhorias no mercado, que trouxeram maior eficiência e resultaram em produtos que demandam cada vez menos conteúdo de material para atender às necessidades dos clientes”, afirma.


No que se refere ao consumo aparente nacional (CAN) – medido pela soma da produção mais as importações e menos as exportações - o volume alcançado em 2021 chegou a 359,8 mil toneladas, 5,7% maior do que o registrado em 2020. As importações, por sua vez, atingiram 56,8 mil toneladas, com participação de 15,8% sobre o total da demanda interna. Vale destacar que este percentual vem recuando desde 2018, quando atingiu 17,3%. Já a parcela de exportação, com participação de 6,9% sobre o total produzido em 2021, alcançou o volume de 17,8 mil toneladas, 28,9% maior que o período anterior.  


O saldo da balança comercial do segmento de colas, adesivos e selantes foi superavitário pelo quarto ano consecutivo, em termos de volume, totalizando 20,9 mil toneladas em 2021. No entanto, em termos de valor, o saldo de 2021 foi deficitário em US$ 193,0 milhões FOB. Vale ressaltar que as referidas informações são compiladas por meio da publicação dos dados oficiais do governo, via Sistema Comex Stat (ME).


A segmentação de mercado do relatório estatístico do segmento de colas, adesivos e selantes de 2021, calculada com base nos volumes de vendas destinado ao mercado interno, tem como destaque as aplicações na construção civil (com 30,0% do total de colas), em embalagens (24,8%), setor moveleiro (15,7%), calçados (9,8%), mercado automobilístico (7,3%) e consumo/do it yourself (5,1%).

Fonte: https://abiquim.org.br/comunicacao/noticia/10505

Conselho Regional de Química 2ª Região

Minas Gerais

 Rua São Paulo, 409 - 16º Andar - Centro, Belo Horizonte - MG - 30170-902

 (31) 3279-9800 / (31) 3279-9801